Em mais um leilão de Obrigações do Tesouro, o bom momento da emissão de dívida do Estado português mantém-se, com uma descida das taxas a dez anos.
A continuidade da recuperação da economia nacional e a melhoria de rating por parte da S&P são alguns dos pontos positivos que se refletiram na nova emissão de dívida a dez anos por parte do Estado português.
Terminada a emissão de Obrigações do Tesouro a dez anos, o montante emitido fixou-se nos 1,25 mil milhões de euros, a uma taxa de 1,939% - mais baixa quando comparada com a taxa registada na emissão do passado dia 11 de outubro. A procura, por sua vez, superou em 1,57 vezes a oferta.
Para João Queiroz, diretor da banca online do Banco Carregosa, este é “um resultado fenomenal para o nível de risco e para a alavancagem da economia nacional”, considerando que este era um cenário que poucos imaginariam. Para o profissional, a emissão de dívida a dez anos a uma taxa de 1,9% “representa uma excelente poupança em juros para o país, que assim baixa o custo médio da sua dívida”. No entanto, acredita que este resultado, para além das razões já conhecidas, se deve a um aspecto mais importante: “As taxas das dívidas soberanas europeias tem estado a corrigir e Portugal aproveitou esse contexto”, refere.