Foi um bom ano para o Comgest Growth America. O fundo de ações americanas da boutique francesa encerrou o ano de 2023 superando o S&P 500. E 48% da rentabilidade gerada no ano passado justifica-se pelo facto de terem tido em carteira cinco das chamadas Sete Magníficas (que lideraram o rally na tecnologia). Mas ter em carteira três dos títulos que mais subiram no ano passado não é fruto da sorte nem um sinal de que a equipa gestora está atrás das ações da moda.
De facto, para terem tido a Microsoft, a Apple e a Meta em carteira em 2023, tiveram primeiro de aguentar as dúvidas dos clientes quando o contexto não era tão favorável. “Em 2020, parecíamos muito tediosos, mas mantivemo-nos fiéis à nossa filosofia. Apesar de ser um fundo growth, não tínhamos os nomes da moda em carteira, como a Peloton ou a Paypal, os títulos que melhor desempenho tiveram em bolsa nesses anos”, conta Justin Streeter, cogestor e analista na equipa. Além dos números apresentados por empresas como a Zoom, as suas posições na Microsoft ou na Visa levantavam dúvidas sobre o seu foco no alto crescimento.
“Preferimos um crescimento menos volátil. As empresas estabelecidas dão-nos mais confiança”, explica Justin. Os bons retornos gerados pelo fundo no ano passado não são uma exceção ao seu histórico. O fundo conta com Rating FundsPeople 2024 pela consistência dos seus retornos a longo prazo ajustados ao risco. A longo prazo, os motores da sua rentabilidade são mais diversificados do que as três estrelas do ano passado. Não obstante, todos têm em comum o facto de serem empresas com elevado potencial de crescimento (de dois dígitos, segundo o objetivo da Comgest) e de qualidade.
E quando encontram empresas que cumprem os dois requisitos, não hesitam em mantê-las durante anos. Por exemplo, a Microsoft está em carteira desde 2008, e a Apple desde 2018. De forma semelhante, o mesmo acontece com nomes de outros setores, como a Eli Lilly.
