Na sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo de Head of Iberia na gestora, a executiva fala sobre os planos de negócios e alavancas de crescimento futuro que vê no mercado ibérico.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
Com quase 30 anos de experiência na indústria financeira e de gestão de ativos, Laura Román, Head of Iberia da Robeco, destaca a importância da personalização e do serviço ao cliente como pilares da estratégia da empresa no mercado ibérico. Esta é a sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo de Head of Iberia da sociedade gestora.
Desde a sua nomeação, Laura Róman tem liderado com um foco claro: fortalecer a posição da Robeco como um parceiro estratégico-chave para os seus clientes. “Queremos consolidar o nosso objetivo de ser vistos como parceiros estratégicos num mercado onde os mandatos e a personalização de soluções são cada vez mais procurados”, afirma. A empresa, que já está entre as dez maiores em ativos sob gestão na Península Ibérica, procura fortificar a sua liderança em ações, obrigações e multiativos, destacando também a força da empresa em investimentos quantitativos. Portugal será outra alavanca de crescimento para o escritório ibérico. “O cliente português é muito profissional. Ele é um cliente que contribui intelectualmente”, afirma.
Novos horizontes
Num ambiente de consolidação no setor, Laura Román mostra-se otimista quanto ao futuro da Robeco no mercado ibérico: “Estamos felizes com a evolução e otimistas com os próximos anos”. Uma dessas fontes de crescimento futuro são os mandatos institucionais, um mercado que a executiva prevê que cresça e no qual diz querer continuar a participar.
Ao nível dos produtos, estão também a evoluir. Há algumas semanas, oficializaram a sua entrada no mercado de ETF geridos ativamente, com planos de expansão em mercados emergentes e estratégias globais. Apesar dos desafios fiscais, o interesse institucional nestes produtos é notável devido à sua flexibilidade, diz Román.
O facto de a sua incursão nos ETF se dar através de uma gestão ativa é consciente. “Os investidores institucionais ibéricos procuram ETF devido à flexibilidade que oferecem, mas a gestão ativa continuará a ser um pilar das carteiras dos clientes na Península Ibérica. O que acontece é que estamos num mercado em que se procuram carteiras cada vez mais eficientes”, defende.
Dentro da nova gama, Laura Román explica o recente lançamento do seu ETF multitemático, como resultado da colaboração entre as equipas de investimento quantitativas e temáticas. “É uma estratégia que permite que estar investido de forma core em ações globais e, portanto, pode ser útil para um cliente que quer usá-la como um bloco de construção, mas também para aqueles clientes que procuram adoçar o portefólio com temas de ponta de crescimento estrutural e produram a deteção precoce de tendências”, explica.
Quanto aos mercados privados, fazem parte dos planos futuros da empresa. “A nossa experiência em obrigações e ações permitirá aproveitar oportunidades claras nesse segmento quando elas surgirem”, afirma.
Desta forma, a Robeco posiciona-se para capitalizar oportunidades de gestão ativa, sustentável e soluções à medida no mercado ibérico, tirando partido da sua forte reputação e vasta gama de capacidades e produtos inovadores.
Uma equipa compacta no serviço do cliente
A estrutura da equipa liderada por Laura Román reflete o seu compromisso com a qualidade do serviço. Não houve separação formal de funções. “Somos quatro client relationship managers, cada um com competências especializadas e um objetivo comum: oferecer o melhor serviço aos nossos clientes”. Bárbara Echazarra foca-se na banca privada; Pablo Martínez, no segmento institucional; Antonio Feito (o mais sénior da empresa) é muito diversificado no seu trabalho, e Román, que supervisiona todos os segmentos.
A colaboração entre áreas, não só na Península Ibérica, mas com o resto da organização, e a proximidade ao cliente com um serviço eficiente e transparente é o que tem permitido à Robeco desenvolver produtos à medida das necessidades do cliente, desde soluções básicas como Euro Credit Bonds até estratégias mais sofisticadas que incorporam temas e sustentabilidade.
Pontos fortes na gestão ativa e na inovação
A Robeco tem se destacado como líder em investimentos quantitativos, com mais de 25 anos de research sustentando a base de investimento para gestores fundamentais. “A nossa constante inovação permitiu-nos lançar produtos pioneiros, como o primeiro fundo que investe em fatores, em 2004", afirma Román.
Esta abordagem inovadora reflete-se também na sua gama de fundos temáticos e, mais recentemente, no crescente interesse em temas emergentes, como a Índia, onde a Robeco oferece acesso a ações indianas com experiência especial em pequenas e médias empresas, juntamente com a sua irmã gestora local, Canara.
Além disso, a empresa conta com uma grande equipa de investimentos em obrigações, ativa no qual a Robeco continua expandindo o seu leque e continua crescendo, explica. Destaca-se também a sua experiência em ações geridas por fundamentais e em estratégias de value apoiadas pela Boston Partners.
Compromisso com a sustentabilidade
Robeco tem sido sinónimo de sustentabilidade, integrando critérios ESG em mais de 95% dos seus ativos sob gestão. No entanto, Román destaca que a conversa com os clientes evoluiu para conceitos mais profundos, como o impacto e o financiamento da transição. “O mundo do investimento de impacto está a evoluir para melhor. Não só para investir em empresas que já são verdes, mas também para garantir que, através do financiamento de transição, setores que não são tão verdes, mas que estão a liderar a transição, possam finalmente tornar-se empresas com impacto positivo”, explica. Nesta linha, a Robeco distingue-se por oferecer personalização nos portefólios, adaptando-se às prioridades específicas de cada cliente, seja nos aspetos ambientais, sociais ou de governação. “Flexibilidade e adaptabilidade são essenciais para se manter relevante num mercado tão dinâmico”, enfatiza.