Analisando as carteiras destes dois tipos de produtos, verifica-se, globalmente, uma variação trimestral positiva na liquidez, uma das poucas rubricas que evoluiu positivamente no período.
2018 terminou com um recuo trimestral nos ativos sob gestão dos fundos de poupança reforma considerados pela APFIPP (geridos pelas entidades de fundos mobiliários associadas da APFIPP). No espectro dos fundos de pensões PPR, por outro lado, embora não sendo muito expressivo, verificou-se o movimento inverso: um crescimento trimestral nos montantes geridos por estes produtos.
A APFIPP, nos seus relatórios trimestrais referentes ao segmento de pensões e ao mercado em termos mais alargados no final de dezembro, demonstra que no caso dos fundos poupança reforma o decréscimo trimestral foi de 5,3% para os 2.148 milhões de euros. Relativamente aos fundos de pensões PPR (que incluem PPR, PPE, e PPR/E) registou-se um crescimento de 0,4% nos montantes geridos para os 580,88 milhões de euros no término do ano.
Liquidez: proteção?
Analisando a evolução das aplicações de cada um destes tipos de produtos, pelo menos uma semelhança é possível verificar: a taxa de crescimento trimestral positiva associada à liquidez. Esta é uma rubrica que pesa cerca de 6% em cada um dos agregados dos produtos em análise, e também em cada um deles o crescimento trimestral se cifrou acima dos 30%.
Comecemos pelos fundos de pensões PPR. No caso destes produtos, a Associação demonstra uma taxa de crescimento trimestral de 37,7% na rubrica liquidez/mercado Monetário. Os fundos de pensões PPR passaram de 28,43 milhões de euros em setembro para os 39,15 milhões no final de dezembro passado, em termos de alocação a esta classe de ativos.
No caso dos fundos poupança reforma, onde a liquidez está dividida em duas rubricas distintas – liquidez denominada em euros e liquidez denominada em divisas internacionais – a taxa de crescimento trimestral, conjuntamente, foi superior a 48,2%. A liquidez denominada em euros – que pesa 6,2% nestes portefólios – avançou dos 102,65 milhões de euros em setembro, para os 133,57 milhões de euros no final de dezembro.
Outra das nuances a assinalar prende-se com a evolução negativa relativamente à taxa de crescimento trimestral referente à aplicação “fundos de investimento”. Em ambos os tipos de produtos, em termos globais, a alocação a fundos de investimento (de todas as classes de ativos) demonstrou um declínio em termos trimestrais.
Fonte: APFIPP, dados trimestrais, dezembro 2018