A entidade gestora cresceu, principalmente, na gestão de organismos imobiliários. Contudo, considera relevante continuar a assegurar a presença estratégica na gestão de ativos mobiliários.
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O ano de 2022 foi muito positivo para a Lynx Asset Managers em várias das suas vertentes de negócio. Segundo revela no seu relatório anual do ano passado, a entidade gestora “alcançou um crescimento expressivo da sua atividade”, tendo aumentado em 46% os ativos que estão sob a sua gestão, para um total de 1.790 milhões de euros e o número de organismos de investimento coletivo (OIC) em 13, para 58. Contudo, como indica a entidade, o crescimento não abrandou em 2023 e o total de ativos sob gestão aproximava-se dos 2.000 milhões de euros à data de elaboração do relatório. A Lynx AM, inclusive, ultrapassou a Caixa Gestão de Ativos no terceiro lugar do ranking da gestão de organismos imobiliários. O resultado líquido atingiu os 1.22 milhões de euros no ano, um crescimento de 24% face ao ano anterior.
As comissões de gestão totais sofreram uma quebra de 7%, com as quebras acentuadas na gestão de ativos mobiliários a serem, em grande parte, compensadas pelos restantes segmentos de negócio da entidade gestora.
Organismos de investimento imobiliário
Entrando no detalhe dos três grandes segmentos de negócio da entidade, e no que se refere à atividade de gestão de organismos de investimento imobiliários (OII), a Lynx AM aumentou o número de fundos sob gestão de oito para dez e o volume de 196 milhões de euros, em 2021, para 278 milhões em 2022.
Já no que se refere a SICAFI (Sociedades de Investimento Imobiliário de Capital Fixo), a entidade gestora tinha sob a sua alçada 24, mais 11 do que no final do ano anterior. O volume sob gestão neste segmento cresceu de 488 milhões de euros, em 2021, para 939 milhões em 2022.
O total do segmento imobiliário atingiu, assim, os 1.217 milhões de euros, um crescimento de 78% face ao ano anterior. Em 2023, a gestão a entidade espera que a gestão de organismos imobiliários “e os proveitos por ela gerados deverão crescer com algum significado [...], prevendo-se que não menos de doze novos OII passem a ser geridos pela Lynx durante o corrente ano”.
Gestão de capital de risco
Segundo indica a entidade no seu relatório anual, no final do ano de 2022, geria dezanove fundos de capital de risco, o mesmo número que no ano anterior. O volume de ativos neste segmento passou de 501 milhões de Euros, 2021, para 548 milhões de Euros, em 2022, um crescimento d 9,5% face ao ano anterior. É um segmento em que a entidade espera adicionar, “pelo menos, mais três novos” fundos de capital de risco no ano.
Gestão de carteiras e fundos mobiliários
Foi apenas neste segmento de negócio que a Lynx AM se viu afetada em 2022. A entidade gestora dá conta de “uma quebra significativa nos ativos mobiliários sob gestão”, resultante, “essencialmente, do comportamento do Discovery Fund”. Não obstante, segundo a entidade, “contribuiu também para a redução dos ativos mobiliários sob gestão da LYNX, a performance dos três fundos mobiliários - LYNX Defensivo, LYNX Prudente e LYNX Valor” - a qual também se traduziu em quebras expressivas”. Relativamente ao Bison China Flexible Bond Fund, o fundo fechou 2022 com 1,14 milhões de euros, traduzindo-se numa quebra de 5,4% no ano “e permanecendo abaixo das expetativas iniciais para este fundo”, segundo dizem no relatório.
Na sua globalidade, o volume total dos fundos mobiliários sob gestão da Lynx passou de 19,65 milhões de euros no final de 2021, para 13,99 milhões em 2022.
Finalmente, no que se refere à gestão de carteiras, durante o ano transato o volume sob gestão “reduziu-se de forma significativa”, tendo o mesmo passado de 18,67 milhões de euros no ano anterior para os 14,83 milhões no fecho de 2022.
A entidade “considera relevante continuar a assegurar a presença estratégica” na gestão de ativos mobiliários, “na expetativa de que o comportamento futuro do mercado de taxa de juro permita a recuperação deste mercado”. Neste contexto, dizem, a entidade continuará “enfocada na captação de recursos para investimento mobiliário, com o objetivo de potenciar o crescimento de ativos” em fundos e gestão de carteiras.