A CMVM divulga estes e outros detalhes sobre a oferta nacional ESG e compara os retornos entre estes fundos e os fundos tradicionais. Contudo, lança também um alerta sobre esta comparação.
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No recém-publicado Relatório sobre os Mercados de Valores Mobiliários de 2020 da CMVM, a entidade reguladora dava conta de 303 milhões de euros (final de 2020) em ativos sob gestão em fundos ESG de domicílio português. Estes ativos sob gestão estão repartidos por apenas cinco fundos, mas estes são subscritos, segundo dados divulgados no relatório, por 20.439 participantes, 99,2% dos quais investidores particulares. As subscrições líquidas têm sido positivas ao longo dos últimos cinco anos, muito embora no ano de 2020 se tenha observado uma quebra de 75% face aos números de 2019.
Subscrições, resgates e valor sob gestão dos fundos ESG (esq.) e rentabilidade (1 ano) vs. risco de fundos tradicionais (i.e. não ESG) e ESG (dir.)
A CMVM dá conta de que em 2020, “estes fundos ESG registaram, para o mesmo grau de risco, rentabilidades financeiras comparáveis às de fundos tradicionais, ou seja, fundos que não consideravam estratégias de investimento ESG”. No entanto, alertam para o facto de que a a comparação de retornos entre “fundos tradicionais e ESG deve ser feita com cuidado, porquanto se poderá assumir que existe sempre (o que pode não ser verdade) um grau de substituibilidade direta entre estes dois tipos de retorno”. Para o regulador, é importante sublinhar que “poderão existir investidores cujas preferências exibam um trade-off direto entre retorno financeiro de fundos ESG e de fundos tradicionais, tal como poderão existir investidores cujas preferências não exibam esse trade-off direto”.