Mais sociedades consultoras de investimento depois de 2007 em Portugal

ideia_luz
BauBauNews, Flickr, Creative Commons

O eclodir da crise em 2008 trouxe consigo várias mudanças no mundo financeiro. Regulação, controlo de risco e volatilidade passaram a ser as palavras e conceitos na ordem dia, a par de uma grande exigência que se foi sentindo no pós Lehmam Brothers. Outro dos termos que se pode dizer que ganhou uma forte presença no dicionário do meio financeiro é a transparência. Neste sentido, e de forma a corresponder a uma crescente exigência dos clientes no que concerne à clareza das ações das entidades financeiras, também o próprio modelo de negócio foi ganhando contornos distintos ao longo dos anos recentes.

Ao mesmo tempo que foram ficando mais exigentes, os investidores foram também “reclamando” mais sofisticação da parte dos seus providers. Por isso, muitos foram os profissionais e entidades que decidiram rumar numa linha que privilegia um contacto mais próximo e independente com o seu cliente.

Mais 20 consultores para investimento

Em Portugal, pode dizer-se que esta tendência se sentiu com o eclodir da crise financeira. Segundo a CMVM revela na sua página online, o número de intermediários financeiros com autorização para prestar o serviço de consultoria para investimento, cresceu em 2 dezenas desde 2007.

No total das 65 entidades registadas na CMVM para executarem a atividade commumente designada por advisory, 30,7% são portanto intermediários financeiros cuja data do primeiro registo de atividade corresponde a anos posteriores ao início da crise.

2010 e 2013: anos mais concorridos

Destas 20 consultoras para investimento note-se que 12 são entidades independentes – que não pertencem portanto a nenhum grupo bancário – enquanto as 8 restantes se configuram como sucursais portuguesas de instituições financeiras estrangeiras

Os anos de 2010 e de 2013 foram os mais “concorridos” em termos de registos para atividade de consultoria para investimento. A título de exemplo pode dizer-se que em 2010 o Banco Privado Atlântico, a BlueCrow Capital, a Casa de Investimentos, a PartnersS2U e a Timeless Capital Advisors apresentaram no Regulador a sua data de primeiro registo de atividade de consultoria para investimento.

No outro “pico”, 2013, chegam mais entidades estrangeiras, com o registo do BNP Paribas, o Credit Suisse, a Lotus, a Grow II e o St. Galler Kantonalbank AG.

No presente ano, vale também a pena ressalvar o registo de três empresas: a Baluarte, que lhe damos a conhecer aqui, o Bank of China e a Thurloe Capital.