Foram duas as emissões realizadas na manhã desta quarta-feira, dia 16 de dezembro, com a emissão com prazo mais curto a alcançar taxas de juro negativas.
A pouco mais de duas semanas do final do ano, o Estado português realizou o último leilão de 2015 com a emissão de Bilhetes do Tesouro (BT) a 3 e a 11 meses.
No prazo mais curto, angariou 248 milhões de euros a uma taxa de juro de -0,023%, o valor mais baixo de sempre. Em termos da procura, esta superou a oferta em 3,3 vezes. Já a 11 meses o montante colocado atingiu os 750 milhões de euros com uma taxa de juro de 0,03%. Neste caso a procura superou a oferta em 1,87 vezes.
Para o director da gestão de activos do Banco Carregosa, Filipe Silva, “As operações correram dentro do que vem sendo a normalidade: continuamos a ser suportados pelo BCE e pelo seu programa de compra de ativos. À conta disso, Portugal anda há um ano a financiar-se a taxas que de outro modo seriam impossíveis de conseguir. Resta-nos aproveitar esta fase para refinanciar a dívida pública a taxas mais baixas, num dos casos, a 3 meses, com a taxa mais baixa de sempre. O montante emitido foi de perto de mil milhões de euros, dentro também do que é habitual.”
Mais de 15 mil milhões em 2015
Agora que se realizou o último leilão do ano, é tempo de fazer o balanço. Analisando apenas os leilões de Bilhetes do Tesouro (BT), em 2015, o Estado português conseguiu arrecadar mais de 15.300 milhões de euros. A taxa de juro mais pequena foi conseguida neste último leilão a três meses. Já a mais alta situou-se em 0,221% no leilão realizado em janeiro, para BT a doze meses.