Setembro significou para os fundos imobiliários mais um decréscimo nos ativos que gerem, muito em linha com a tendência já sentida nos restantes meses de 2015.
Os fundos imobiliários pode dizer-se que são menos dependentes das oscilações do mercado, comparando por exemplo com os fundos mobiliários. Contudo no “pouco feliz” mês de setembro, os produtos imobiliários nacionais continuaram na sua rota descendente no que toca ao património sob gestão.
As informações do Regulador, agora divulgadas, indicam que no nono mês do ano o conjunto de fundos imobiliários voltaram a ver a sua dimensão perder fulgor. Desta vez o valor sob gestão dos fundos de investimento imobiliário (FII), dos fundos especiais de investimento imobiliário (FEII) e dos fundos de gestão de património imobiliário (FUNGEPI) situou-se em 11.546,7 milhões de euros, menos 278,1 milhões de euros, ou seja 2,4%, comparativamente com o mês de agosto.
O decréscimo foi em toda a linha. O montante sob gestão de todos os segmentos de fundos imobiliários caiu, com o maior “baque” a verificar-se nos fundos de gestão de património imobiliário, cujo montante decresceu 4,2% no período, para os 666,5 milhões de euros. No caso dos fundos de investimento imobiliário e nos fundos especiais de investimento imobiliário a queda foi respetivamente de 2,6% para os 8.221,0 milhões de euros e 1,2% para os 2.659,3 milhões de euros.
Universo de fundos inalterado...e uma transferência
Em setembro o universo de fundos imobiliários manteve-se inalterado. No mercado continuam a existir 128 fundos de investimento imobiliário, 104 fundos especiais de investimento imobiliário (FEII) e três FUNGEPI. Contudo as informações da CMVM dão conta de uma transferência no mês. Em setembro o fundo especial de investimento imobiliário “Fundes – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado”, da Fimoges (que deixou de ter qualquer fundo sob gestão), passou para a esfera da GNB – SGFIM.
Tal como já tínhamos evidenciado na “fotografia” da indústria em agosto, agora, de novo, importa realçar o aumento de investimento em instrumentos de liquidez por parte dos fundos imobiliários abertos. Em setembro, o dinheiro investido pelos FII e FEII neste tipo de ativo aumentou 59,4% para um total de 281,4 milhões de euros. No caso dos FUNGEPI, o incremento mensal cifrou-se em 1,5% para um montante de 90,4 milhões de euros. Nos fundos fechados, por outro lado, os números são em sentido contrário. Na rubrica de liquidez, existiu um decréscimo mensal de 32,6% para os 548 milhões de euros de dinheiro investido.
Top 3 de maiores gestoras cresceu de um mês para o outro
No que diz respeito ao ranking das entidades com maior quota de mercado, pode dizer-se que nada muda. Em setembro a Interfundos mantinha-se com o título de gestora com maior quota de mercado, mais concretamente de 12,7%. De um mês para o outro conseguiu crescer 0,16 p.p. A Fundger, na segunda posição, alcança em setembro uma quota de mercado 11,7%, e um crescimento mensal de 0,25 p.p. Já a Norfin, fechou setembro com 8,9% de preponderância de mercado e um aumento de 0,22 p.p.