O índice PSI-20 encerrou dezembro nos 5.388,33 pontos, mais 15,2% do que no período homólogo de 2016. Registaram-se também valores mais elevados em obrigações do tesouro, mas a volatilidade ficou muito abaixo em comparação com o ano anterior.
Com a chegada do ano de 2018, é altura analisar os dados fornecidos pela CMVM relativos a dezembro do ano que terminou. No que respeita ao mercado de capitais português há alguns valores que saltam à vista. O índice PSI-20 encerrou nos 5.388,33 pontos, mais 0,5% do que em novembro e mais 15,2% do que no período homólogo de 2016, tendo o BCP (17,04%), a Galp (11,50%) e a Jerónimo Martins (10,55%) sido os emitentes com maior representatividade no índice. Mas a capitalização bolsista da Euronext Lisbon totalizou 284.492,7 milhões de euros, menos 1.817,0 milhões (0,6%) do que no mês anterior e mais 19,6% do que no mesmo período do ano passado. O segmento acionista desceu 1,9% para 151.843,2 milhões de euros, enquanto o segmento obrigacionista cresceu 1,0% para 129.453,8 milhões de euros. Face ao período homólogo, tanto as ações como as obrigações cresceram, 22,3% e 17,3%, respetivamente.
Fonte: CMVM, dezembro de 2017
No entanto, a volatilidade do índice foi inferior. Em dezembro, fixou-se nos 6,53%, abaixo dos 8,79% registados em novembro e dos 12,25% em igual período do ano passado. Essa diferença é também notória quando observamos o ano de 2016, quando a volatilidade atingiu os 20,44%, e 2017, com apenas 11,03%.
Fonte: CMVM, dezembro de 2017
Relativamente às transações em títulos de dívida as obrigações do tesouro ganharam terreno, crescendo 204,2% face ao ano passado, tendo registado, em dezembro de 2017, 4.048,5 milhões de euros. No entanto, acabou por cair 29,1% em relação a novembro, quando se tinha fixado nos 5.711,5 milhões de euros. Em pior situação encontram-se os bilhetes do tesouro, que decresceram 11,4% em relação a dezembro de 2016 e 57,1% face a novembro, quando registou 4.413 milhões de euros. No mês em análise, fixou-se nos 1.893,5 milhões. No entanto, apesar deste crescimento das obrigações do tesouro, a verdade é que os bilhetes do tesouro continuam a obter os valores mais elevados, tendo estes últimos ficado nos 43.308,5 milhões de euros entre janeiro e dezembro de 2017, enquanto as obrigações do tesouro ficaram nos 39.179 milhões.
Fonte: CMVM, dezembro de 2017
Observando o mercado a prazo, os futuros cresceram substancialmente face a novembro. Em dezembro de 2017, fixaram-se nos 171,4 milhões de euros, em linha com o que tinha acontecido no mesmo período do ano passado, quando registaram 176 milhões, mas 1.207,6% superior a novembro, quando obtiveram 13,1 milhões. Porém, ao analisar o período entre janeiro e dezembro de 2016 (934,6 milhões de euros) e o mesmo período de 2017 (861,7 milhões de euros), percebemos que houve uma queda de 7,8%.
Fonte: CMVM, dezembro de 2017