As captações externas por parte das companhias brasileiras foi prejudicado em Junho pelo aumento da percepção de risco país devido ao agravamento do cenário macroeconómico doméstico e, também, das expectativas em torno das alterações de política por parte da Fed. Assim, depois do volume recorde registado em Maio (13 mil milhões de dólares), não houve ofertas no mês e o volume das captações externas no semestre (25 mil milhões de dólares) apresentou uma redução de 17,2% em relação ao mesmo período de 2012.
A mudança de cenário também afectou negativamente as ofertas de acções no mercado local. O volume no mês ficou restrito a 432 milhões de reais – da distribuição da oferta da Iguatemi. No semestre, a elevada oferta realizada pela BB Seguridade em Abril (11,5 mil milhões de reais) e o baixo desempenho observado em 2012 fizeram com que as captações com acções ultrapassassem o dobro das realizadas no mesmo semestre do ano passado.
Neste sentido, as ofertas de Junho concentraram-se no segmento de dívida (7,3 mil milhões de reais), principalmente em debêntures, com emissões de 5,1 mil milhões de reais, valor próximo à média observada nos primeiros cinco meses do ano. Ainda assim, as captações com renda fixa apresentaram redução de 18,6% no semestre em relação aos seis primeiros meses de 2012.