Na Europa existe um grupo de 20 profissionais que têm demonstrado uma grande habilidade para prever que produtos serão capazes de gerar alfa no futuro. Entre eles estão dois nomes portugueses.
A SharingAlpha é uma start up israelita que se propôs aplicar ao mundo dos fundos de investimento uma metodologia de análise muito distante dos modelos tradicionais baseados na rentabilidade histórica. O seu objetivo é centrar-se nos factores qualitativos, que – segundo revelam alguns estudos – são os que permitem gerar rentabilidades consistentes a longo prazo. A estratégia da empresa baseia-se em classificar os fundos de investimento a partir das valorizações qualitativas proporcionadas por consultores e selecionadores de fundos de todo o mundo. Já contam na sua plataforma com mais de 400 analistas, de 32 países, que cobrem mais de 100.000 fundos.
Esta metodologia permite contrastar as opiniões dos selecionadores com a evolução real dos fundos e estabelecer um ranking não só com os produtos melhor classificados, mas também extrair uma lista daqueles selecionadores que demonstram ter uma maior habilidade para prever que produtos serão capazes de gerar alfa no futuro. Mais concretamente, o ranking de selecionadores e consultores financeiros está determinado pela capacidadade destes profissionais em avaliar o comportamento futuro de um fundo relativamente a um ETF mais comparável, tal como revela Oren Kaplan, co-fundador e CEO do SharingAlpha.
Cada selecionador atribui uma pontuação ao fundo que analisou, que pode oscilar entre 1 e 5. Um rating 5 significa que o profissional que emitiu a sua valorização sobre o produto tem uma forte convicção sobre a estratégia, que considera que baterá de maneira significativa o ETF num futuro. Pelo contrário, um rating situado entre 1 e 3 refletiria que o selecionador ou o consultor financeiro mantém perspetivas negativas para o fundo relativamente ao ETF, prevendo que o produto gerará um alfa negativo e que, portanto, perderá valor. “De forma periódica, comparamos os ratings atribuído pelos profissionais com o comportamento do fundo face ao ETF. Quanto mais a previsão se aproximar da realidade, maior pontuação obtêm no seu rating pessoal”, explica Kaplan.
Na start up denominam esta classificação de Hit Score. O que fazem é comparar o Hit Score médio de todos os fundos analisados pelo selecionador ou o consultor financeiro, com o resto dos profissionais que emitem as suas avaliações na plataforma, com o objetivo de os dividir em quatro grupos: Triple Alpha (aqueles que estão no primeiro decil); Douple Alpha (aqueles que se encontram entre os 10% e os 25%), Single Alpha (os que se enquadram entre os 25% e os 50%) e No Alpha (grupo que aglutina aqueles que estão abaixo dos 50%). Em seguida apresenta-se a lista dos 20 selecionadores e consultores financeiros europeus que atualmente contam com uma pontuação mais alta, por causa do seu maior índice de sucesso.
Fonte: Sharing Alpha