Um novo fundo alternativo chega ao mercado, num mês de “glória” para os OICVM, em que os ativos geridos quase tocam nos 14 mil milhões de euros.
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É o maior incremento em termos absolutos nos ativos sob gestão registado em 2020 pelos OICVM. Nos indicadores mensais relativos a este segmento, a CMVM revela que o penúltimo mês do ano adicionou 805,3 milhões de euros aos ativos destes produtos. Um crescimento percentual de 6,2%, que os fez situar-se muito perto dos 14 mil milhões de euros de ativos geridos, mais concretamente no patamar dos 13.894,5 milhões de euros. Nos Fundos de Investimento Alternativo o mês também foi de crescimento. O segmento avançou 2,5%, para os 311,3 milhões de euros.
Novo fundo com marca Biz Capital
Mas o crescimento não foi a única grande novidade do mês. Depois de em outubro a Biz Capital se ter estreado no mercado como gestora de fundos mobiliários, o regulador dá agora conta do nascimento do primeiro fundo. O Biz Europa Bull, como descreve a própria gestora no seu website, trata-se de um fundo de investimento alternativo aberto cuja carteira está orientada para “a aquisição de ações, obrigações com direito de subscrição de ações, obrigações convertíveis em ações, warrants e qualquer outro tipo de valor que confira o direito de subscrição de ações, seja convertível em ações ou tenha a remuneração indexada a ações, de sociedades da União Europeia, Suíça e Noruega”.
Analisando em maior pormenor a evolução das carteiras dos OICVM no mês verifica-se que o segmento acionista foi dos que mais cresceu. O investimento em ações estrangeiras avançou 15%, para os 1.754,1 milhões de euros, enquanto que o crescimento em ações nacionais se cifrou em 23,3%. De ressaltar que ainda assim este incremento tem pouca expressão no agregado do investimento, já que este ativo apenas pesa 0,8% do total das carteiras.
Precisamente em “solo nacional” de destacar a cotada que mais deu nas vistas nas carteiras dos OICVM. A EDP foi o título com maior peso nas carteiras dos fundos em novembro, diz a CMVM, representando 8,8% do total investido, com um crescimento mensal de 65,0%. Seguiram-se a Sonae SGPS, cujo valor nas carteiras dos fundos subiu 47,8%, e a NOS, cujo valor caiu 8,0% face a outubro.
No que respeita ao investimento em títulos da União Europeia, os mais representativos nas carteiras dos fundos de investimento foram a LVMH, a Siemens e a Inditex. Fora da União Europeia destacaram-se a Nike, a United Parcel Service e a Apple.
UP de fundos estrangeiros avançam
Dentro do universo de investimentos levados a cabo pelos OICVM, destaque também para e evolução do investimento em UP de fundos. Especificamente as UP de fundos estrangeiros avançaram 8,1% para os 4.543,4 milhões de euros. A categoria continua a representar a classe de ativos mais pujante dentro das carteiras, compondo 32% dos investimentos.
Na fotografia das gestoras nacionais o cenário manteve-se idêntico ao mês anterior, com a Caixa Gestão de Ativos a dominar o mercado com uma quota de mercado de 33,1%, seguida da IM Gestão de Ativos, com 21,3% de preponderância, e a BPI Gestão de Ativos com uma quota de 18,8%. Precisamente esta última procedeu no último mês a duas fusões por incorporação de fundos: do IMGA Eurofinanceiras no IMGA European Equities e do IMGA Mercados Emergentes no IMGA Global Equities Selection.