Com um património líquido superior aos fundos de investimento em direitos creditórios e aos imobiliários, os fundos de investimento em participações (FIP) contam com um número menor de participantes este ano.
O ano de 2012, comparando com o ano anterior, representou um decréscimo de emissões de FIP, fundos direccionados para investidores qualificados, o que, de alguma forma, segunda a ANBIMA, justifica o menor número de participantes.
Os FIP apresentaram, assim, menos volumes de captações ao longo do ano, ao contrário do expectável dadas as incertezas em relação à economia global e ao dinamismo económico do Brasil constituem razões para o adiamento das decisões de venda. O único período em que se registou uma evolução positiva, em entradas, neste tipo de fundos foi o que antecedeu a entrada em vigor da legislação que determinou a aprovação prévia das operações de fusões e aquisições pelo Conselho Administratido de Defesa Económica.
No conjunto da indústria de fundos no Brasil, os FIP fazem parte dos denominados fundos estruturados que, segundo refere o Panorama da ANBIMA, saem em vantagem no radar dos investidores, pois representam alternativas na procura da diversificação. No entanto, tratam-se de fundos que requerem uma maior compreensão das suas especificidades e complexidades, para além da reduzida liquidez. Isto cria, naturalmente, mais um desafio para os gestores além das especulações sobre as eventuais reduções adicionais da taxa de juro de referência, condicionadas à evolução dos níveis de actividade e inflação.