Números do emprego nos EUA surpreendem em baixa

A semana passada foi caracterizada pela reduzida liquidez, típica da semana santa, manteve o tom do mês de março, com o Euro pressionado em baixa pela incapacidade da Grécia chegar a acordo com os seus credores e com o Dólar na antecâmara de uma subida de taxas de juro, já razoavelmente descontada pelo mercado.

Em termos macro, a criação de emprego nos Estados Unidos surpreendeu em baixa, no menor crescimento mensal desde o início de 2014 com o crescimento de 189.000 a contrastar com os 225.000 esperados. No entanto, este relatório do emprego publicado pelo ADP continua a mostrar um crescimento sólido sendo encarado como uma perfeita antevisão dos Non-Farm payrolls que sairão na próxima sexta-feira.

A Grécia vê cada vez mais de perto a data limite para o pagamento de 460 milhões do FMI (9 de abril) e a esperança depositada pelos Gregos no Syriza parece estar a desvanecer-se. A falta de acordo, a fuga de depósitos e a ameaça de falta de liquidez para pagamentos de pensões e ordenados mina a confiança dos Gregos e cria ainda mais pressão para se chegar a um acordo.

O BCE aceitou aumentar o montante que os bancos Gregos podem pedir emprestado ao abrigo do programa ELA. O aumento para 71.8 biliões de Euros surge depois da suspensão da excepção criada pelo BCE, que permitiu aos bancos Gregos usarem obrigações governamentais com rating lixo como colateral para aceder ao programa normal de financiamento do BCE.

Esse financiamento tem uma taxa de juro mais elevada e em caso de default ficará no balanço do Banco da Grécia e não no balanço do BCE.

(Imagem: pjarc, Flickr, Creative Commons)