Para Elisabete Pereira, responsável da Área de Investimento e Proteção do Departamento de Desenvolvimento e Marketing do novobanco, “todos os temas ESG e de alterações regulamentares criam oportunidades de investimento muito interessantes”. A profissional recorda, ainda, que esta megatendência “parece ser uma novidade, mas, na verdade, não o é”.
Sendo assim, o que faz com que esta temática esteja agora nas bocas do mundo? Em primeiro lugar, “as obrigações regulamentares”, responde a profissional, justificando que, devido a esse fator, o tema ganhou uma nova dimensão – especialmente na Europa. Por outro lado, acrescenta um outro motivo: “A evolução tecnológica, que tem revolucionado de uma forma muito acelerada o nosso dia a dia”.
No novobanco, por exemplo, a perceção de Elisabete Pereira é que terão todos os fundos classificados como artigo 8 ou artigo 9. “Não teremos fundos que não tenham esta componente de responsabilidade social”, sublinha. Contudo, na sua ótica, o tema está muito politizado, nomeadamente, “em termos de regulamentação, e em termos de questionário de perfil do investidor. Também se terá que observar como se interligam com os objetivos de investimento e, por fim, reportar essa informação ao regulador”, comenta. Neste sentido, em termos de posicionamento, “dificilmente alguém não quererá estar mais próximo de ser pró-sustentabilidade”, aponta. O resultado, de acordo com Elisabete Pereira, é que grande parte da oferta da entidade terá este pendor.
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