Em termos de integração de políticas ESG, Joel Carvalheira afirma que a entidade tem uma política de investimento dedicada à sustentabilidade, com limites concretos no que respeita às classificações ESG. No entanto, o gestor é bastante assertivo ao afirmar que o facto de ter uma boa classificação, por si só, não significa que o título se enquadre na sua carteira. “Temos, também, de combinar o risco de crédito, a valorização dos títulos, o spread, a perspetiva de investimento e o setor em que opera. Por isso, misturamos tudo para obter, de facto, uma pontuação que agregue métricas financeiras e também de ESG”, explica. Joel Carvalheira afirma que, nesta matéria, está mais atento às emissões de empresas do que às de dívida pública, devido a uma maior disponibilidade de dados.
O gestor não tem dúvidas e diz que é fundamental que se mudem hábitos individual e coletivamente. Isso aplica-se, diz, “especialmente às empresas e, de certo modo, aos países, apesar de que os países e as empresas têm métricas diferentes e as primeiras serem alvo de maior escrutínio”, refere.
Porém, para o gestor da Caixa GA, as permanentes mudanças e imensa regulação em torno da sustentabilidade, acabam por levantar mais dúvidas do que as que, por vezes, esclarecem, o que se traduz num enorme desafio. “Seria importante a harmonização de conceitos para perceber como podemos evoluir”, conclui.
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