São seis os fundos nacionais que se focam, exclusivamente, no mercado norte-americano. Veja o comportamento deste segmento, através da visão dos gestores destes produtos.
O dia 8 de novembro do ano passado marcou, de forma decisiva, a história mais recente a nível global, com o foco a centrar-se nos Estados Unidos da América. Contra a esmagadora maioria das expectativas, o magnata e republicado Donald Trump é eleito presidente da maior economia do mundo, tendo ganho nas urnas à democrata Hillary Clinton. Depois de dois mandatos de Barack Obama, a Casa-Branca recebeu, desde meados de janeiro, Donald Trump, que durante a campanha eleitoral prometeu "devolver a grandeza à América". No curto período em que Trump está a liderar os EUA, os principais índices bolsistas do país - S&P 500, Nasdaq e Dow Jones - atingiram os valores mais alto da história, com destaque para o Dow Jones que superou a barreira dos 20 mil pontos.
E como foi o mês de fevereiro para os fundos de investem nos mercados do outro lado do Atlântico Norte? Segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios - APFIPP - existem seis produtos, de cinco casas de investimento nacionais, que investem exclusivamente no mercado norte-americano. De todos os produtos, aquele que registou melhor performance em fevereiro foi o BPI América Classe D, ou seja, o fundo que " investe em acções cotadas em dólares sem protecção cambial, pelo que a rentabilidade do fundo é afectada positiva ou negativamente pela evolução do dólar face ao euro". Gerido pela BPI Gestão de Activos o fundo registou uma valorização de 6,32% no mês mais pequeno do ano. O seu gestor é José Caras-Altas Badalo, e na factsheet do mês passado era possível ver que o profissional destacou "os resultados empresariais referentes ao 4ºtrimestre". Em traços gerais, o gestor revela que o "balanço foi positivo, salientando-se o facto de este ser um 2º trimestre consecutivo de crescimento positivo, algo que não sucedia desde início de 2015". Realce para o sector financeiro, onde a financeira Ameriprise Financial Inc, se destacou ao obter "ganhos de 17.9% durante fevereiro", tendo sido a cotada que teve a "maior valorização mensal na carteira".
Logo depois vem um produto da IM Gestão de Ativos: o IMGA Ações América que é gerido por António Dias. Em fevereiro a sua rendibilidade foi de 5,77%, com o gestor a referir na factsheet de fevereiro que essa rendibilidade foi "ligeiramente superior ao seu benchmark". No mesmo documento, o profissional revela que o "desempenho foi penalizado pela seleção dos sectores de Software & Services e Food & Beverages. Por outro lado, a seleção nos setores Capital Goods e Pharmaceuticals contribuiu de forma positiva para o desempenho alcançado".
Também o NB Ações América registou ganhos superiores a 5% no decorrer do mês passado. Sob alçada de Fátima Só, o fundo da GNB Gestão de Ativos gere mais de 4 milhões de euros. No relatório do produto, referente ao período em questão, a gestora afirma que a "exposição a consumo cíclico (Hasbro e restaurantes), financeiras e construção" e ainda as "opções call no índice americano S&P500" tiveram impacto positivo na rendibilidade do produto. Do lado oposto, o facto do fundo ter uma exposição reduzida "a consumo não cíclico (alimentação e higiene)" fez com que a sua rendibilidade não fosse pior.
Os fundos nacionais que investem na América do Norte
Fonte: Morningstar no final de fevereiro de 2017.