Depois do anúncio de há dois dias, Asbjørn Trolle Hansen, cogestor da estratégia, fala das razões que obrigaram a entidade a anunciar o soft close da estratégia.
A Nordea anunciou o soft close do Nordea 1- Stable Return Fund, o seu produto estrela. A decisão adoptada pela gestora nórdica aconteceu depois do forte crescimento vivido pelo produto ao longo dos últimos anos, no qual o fundo se posicionou como um dos mais vendidos da Europa. Só desde o início do ano, as captações registadas pela estratégia alcançaram 9.000 milhões de euros, o que fez o seu património situar-se em torno dos 19.000 milhões de euros, aproximando-se do seu limite de capacidade. Com efeito imediato, apenas os investidores já existentes poderão realizar subscrições, enquanto que a partir do próximo dia 1 de outubro, as subscrições por investidor estarão limitadas a importâncias menores do que um milhão de euros diários. O objetivo – tal como reconhecem da entidade – é zelar pelos interesses dos atuais participantes e assegurar que os gestores podem manter a filosofia de investimento com a qual foi concebida em 2005: procurar rentabilidade a partir da gestão do risco.
Depois do anúncio, Asbjørn Trolle Hansen, cogestor do Nordea 1 – Stable Return juntamente com Claus Vorm e Kurt Kongsted, quis ser mais preciso sobre as razões que motivaram o encerramento do produto a novos subscritores. Tal como explicou numa conference call com clientes, o objetivo da decisão adoptada pela entidade era “proteger a proposta de valor que desde o seu lançamento o fundo tem vindo a oferecer”, algo que poderá ser comprometido se o fundo adquirir um tamanho maior. Segundo Hansen, “o êxito da rentabilidade do fundo teve por base a habilidade dos gestores para tomar decisões ativas de maneira rápida sem que estas tivessem um especial impacto sobre os preços dos ativos. “Se queremos assumir uma posição de 3% numa ação, não queremos mover o preço. Isso, à medida que o fundo cresce, é cada vez mais difícil. Essa é a forma a partir da qual calculamos o limite de capacidade do fundo”, assegura o cogestor da estratégia.