O património em fundos no Luxemburgo está em máximos históricos: 5,9 biliões de euros

Luxemburgo
Créditos: Joan Villalon (Unsplash)

2021, ano histórico. Nunca antes houve tanto património em fundos luxemburgueses. Nunca antes se tinha atingido um montante tão elevado num único exercício: 5,9 biliões de euros. Este número cresceu em 886.000 milhões de euros num ano. Estamos a falar de um crescimento de 17,8% em 12 meses.

São dados que publica a ALFI, associação da indústria de fundos no Luxemburgo. Investidores tanto institucionais como de retalho colocaram um montante recorde de dinheiro em todas as classes de ativos. Registaram-se fluxos líquidos de 394.000 milhões de euros nos últimos 12 meses. A isso somou-se a apreciação do mercado, avaliada em 492.000 milhões.

Assim, o número orgânico de crescimento do património (só contando a entrada nova de dinheiro é de 7,9%, enquanto o impacto do mercado explica os outros 9,9% do aumento em ativos.

Se olharmos para trás, nos último quatro exercícios, nunca antes tinha entrado tanto dinheiro em fundos luxemburgueses como em 2021. Estamos a falar de 30.000 milhões de euros em subscrições líquidas todos os meses.

Uma coisa que está a crescer e outra que está a diminuir

Ainda que a indústria de fundos luxemburguesa esteja a crescer, em geral, há classes de ativos que estão a ganhar terreno. É o caso dos ativos privados, a categoria de ativos que mais rápido está a crescer no Luxemburgo. 29,9% em 2021. Também é notória a expansão de ativos em fundos de ações (29,8%) e fundos de fundos (25%).

Uma tendência interessante que detetam na ALFI está relacionado com os novos lançamentos. “Apesar dos gestores de ativos melhorarem continuamente as suas gamas de fundos, também estão interessados em racionalizar a quantidade de fundos que são oferecidos”, notam. Assim o ilustra a diminuição geral na quantidade de fundos e subfundos. De 14.590 para 14.445 a 31 de dezembro de 2021.

Se a isto somarmos o crescimento em ativos, o tamanho médio por fundo ou subfundo continua a aumentar de 341 a 406 milhões. Isto confirma a tendência observada nos últimos anos. “As economias de escala permitem que as gestoras organizem as suas gamas de fundos de forma mais eficiente e reduzam os custos em benefício dos investidores finais”, explicam na ALFI.