Segundo um relatório do Credit Suisse, as empresas com maior inclusão no que à diversidade se refere são as que mais ganham em rentabilidade ao MSCI AWCI a longo prazo.
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Em junho celebrou-se o Orgulho LGBTQI+ em muitas partes do mundo. Esta festividade oferece uma boa oportunidade para valorizar como a diversidade de género e qualquer diversidade podem ter um impacto positivo nas empresas e, portanto, nos mercados onde negoceiam. Ao fim e ao cabo, essa diversidade inclui-se dentro dos ODS da ONU no S de social que tanto interesse gerou sobretudo nestes tempos de pandemia.
Um dos estudos que demonstra este impacto positivo que tem a diversidade foi publicado recentemente pelo Credit Suisse. Chama-se De LGBT 350 a LGBT 400: orgulho e rentabilidade empresarial. No relatório estima entre 2,7 e 5,2 biliões de dólares o PIB deste coletivo que, segundo os seus dados são entre 5 e 10% da população mundial. Este dado situa a comunidade LGBTQI+ como a quarta economia do mundo, atrás do Japão.
No relatório também analisam o comportamento nos mercados de 400 empresas reconhecidas por terem cargos diretivos abertamente LGBTI ou pelas suas boas práticas de inclusão no que a diversidade de refere. Na lista figuram empresas como a Apple, a Microsoft ou a Alphabet. Segundo os seus dados, o índice LGBT 400 teve uma rentabilidade média anual de 432 pontos base superior ao índice MSCI ACW (excluindo as empresas do LGBTI 400) desde o ano 2010. Além disso, indica que o índice LGBTI superou o MSCI ACWI em nove dos últimos 12 anos.
O relatório do Credit Suisse não é o único que valoriza a diversidade nas empresas. A consultora McKinsey & Company publicou um estudo intitulado Diversity wins: why inclusion matter, no qual conclui que as empresas que estavam no quartil superior de diversidade de género nas equipas executivas tinham 25% mais de probabilidades de ter uma rentabilidade superior à média do que as empresas no quarto quartil.
No caso da diversidade étnica e cultural, a diferença de rentabilidade é até maior. “Em 2019, as empresas do quartil superaram as do quarto 36% em rentabilidade”, afirmam na consultora.