O verde quando tudo está vermelho

telefone tecnologia gráfico ação gestão gestor
Perzonseo Webbyra, Flickr

Encontrar estratégias que tenham gerado retornos positivos no primeiro trimestre de 2020 assemelha-se a encontrar uma agulha num palheiro. Com os índices de referência das principais classes de ativos todos em terreno vermelho seria necessário encontrar produtos cujo desempenho fosse independente do comportamento do mercado a fim de obter a tão procurada rentabilidade. E é essa mesmo a proposta de valor do BPI Alternative Fund - Iberian Equities Long/Short Fund.

Tal como coloca Paulo Freire de Oliveira, CEO e CIO da BPI Gestão de Activos e gestor do fundo a par com Pedro Maruny, o BPI Alternative Fund trata-se de “um fundo com baixa correlação com todos os mercados, mesmo quando a volatilidade é mais elevada”. Exemplo disso mesmo foi a performance conseguida em março, em que a estratégia registou um retorno de 91 pontos base, elevando a rentabilidade desde o início do ano para 0.96%. “No primeiro trimestre de 2020 o retorno positivo derivou desta neutralidade de mercado e da capacidade de gerar alfa com um portfolio diversificado”, expõe o gestor.Paulo Freire Oliveira BPI

Contudo, os níveis de rentabilidade da estratégia não são apenas fruto da aposta pela descorrelação com o mercado e diversificação do portefólio. O controlo de perdas é também ele fundamental para a manutenção do track record de estabilidade e consistência dos resultados do fundo, pelo que “a equipa foca-se diariamente no controlo da volatilidade (entre 3% e 5%) e do risco de forma a evitar perdas significativas”. Uma ideia que se resume no mote “winning by not losing”, adotado pela equipa de gestão do BPI Alternative Fund, e que levou fundo a registar desde o lançamento ao final do 1º trimestre de 2020 um retorno anualizado de 3.32% e volatilidade de 2.92%, resultando num rácio de Sharpe de 1.13.

Processo e convicções

Em termos de construção da carteira, o portfolio do BPI Alternative Fund é composto por posições longas e curtas em ações espanholas e portuguesas, selecionadas de forma a que os fatores de risco sistemático se anulem. O investidor fica assim quase exclusivamente exposto ao risco idiossincrático dos títulos em carteira, permitindo que o fundo atinja a desejada condição de ter uma performance relacionada com o desempenho relativo das ações em carteira e não com o desempenho absoluto dos mercados em que estão inseridas.

“Um dos segredos para o funcionamento desta estratégia consiste em mitigar ao máximo os riscos exógenos e fatoriais”, continua Paulo Freire de Oliveira. Dessa forma “a equipa nunca faz apostas sectoriais, geográficas ou de estilo, uma vez que pensamos que é praticamente impossível adivinhar que fatores irão prevalecer em dado período”. “Acreditamos que os investidores precisam de retornos consistentes, uma sólida gestão do risco, drawdowns limitados e volatilidade controlada para atingir os seus objetivos de investimento. Trabalhamos para gerar retorno aos clientes, mas acima de tudo, permitir que ganhem por não perder em momentos mais críticos: tentamos ser a linha verde na carteira, quando tudo o resto está a vermelho”, completa.