Antes de 2003, a humanidade tinha gerado cinco exabytes de dados. Hoje em dia geram-se cinco exabytes de dados a cada três dias. ING IM acredita que há uma maneira de aproveitar a situação.
O crescimento dos dados está a disparar. Antes de 2003, a humanidade gerou cinco exabytes de dados. Agora geram-se cinco exabytes de dados a cada três dias. Antes de 2003, foi necessário dedicar 10 anos para descodificar o genoma humano. Agora demora uma semana. Wal-Mart administra a cada hora mais de um milhão de operações de clientes, o que representa um volume de dados equivalente a 167 vezes a informação contida nos livros da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. "Estes enormes volumes de dados oferecem grandes oportunidades mas para aproveitá-las são necessárias novas soluções informáticas”, afirmam no ING IM .
A utilização por uma empresa dos seus próprios dados traz normalmente maiores benefícios quando concentra os seus esforços na categorização dos dados recompilados, e não tanto na gestão do seu volume total. Infelizmente, os centros de dados tradicionais não têm as equipas necessárias para tal e muito menos para administrar dados modernos não estruturados, como vídeos, imagens, texto e música. Felizmente, no sector informático têm sido criadas soluções inovadoras em constante desenvolvimento e que estão a permitir que muitas empresas processem grandes volumes de dados complexos, de forma muito mais rápida e sofisticada que antes. Esta inovação é denominada de "Big Data".
Segundo explica o ING IM num artigo, na prática ‘Big Data’ tem duas acepções possíveis. Este termo refere-se, geralmente, a um tipo especial de dados, caracterizados pelo seu grande volume, alta velocidade e complexidade, ou a um conjunto de novas tecnologias utilizadas para recompilar, organizar, extrair e analisar grandes conjuntos de dados heterogéneos de grande volume. O que constitui o seu verdadeiro tesouro comercial é a capacidade de analisar a grande quantidade de conteúdos sociais e padrões de comportamento que se acumulam na sua rede. Para poder fazê-lo, deve adoptar-se o ‘software’ mais adequado e que tenha uma suficiente flexibilidade operativa para poder aproveitar as oportunidades de negócio que se apresentarem.
"Enquanto alguns sectores ainda desconhecem as vantagens associados à combinação de um grande volume de dados complexos, capacidade analítica e flexibilidade operacional, outros já estão a implementar essa combinação. No retalho, a análise preditiva de grandes dados a partir de hábitos de consumo já se aplica há algum tempo", referem na gestora holandesa. Na sua opinião, para gerir as empresas será necessário saber como aproveitar as vantagens proporcionadas pelas soluções ‘Big Data’.
"Para muitos negócios, a adopção destas soluções será equivalente aa abrir um cofre do tesouro". Neste sentido, a equipa do ING Global Opportunities procura identificar as empresas que serão beneficiadas por esta tendência. "As soluções 'Big Data' são um subtema que se enquadra na aposta de investimento ‘Revolução Digital’ da estratégia, que por sua vez constitui um dos sete pilares do foco temático da equipa para o investimento global", afirmam. "O subtema de investimento 'Big Data' permite identificar as empresas destinadas a beneficiar da crescente necessidade de recompilar, organizar, extrair e analisar conjuntos de dados heterogéneos de grande volume".