Na primeira ida aos mercados de 2020, Portugal emitiu 4.000 milhões de euros através das obrigações do tesouro a 10 anos, ou seja, com vencimento em outubro de 2030. Desta feita, a taxa volta a subir fixando-se nos 0,45% enquanto a procura superou a oferta em seis vezes.
De acordo com Filipe Silva, diretor de Gestão de Ativos do Banco Carregosa, “no seu primeiro leilão do ano, Portugal emitiu 4.000 milhões de euros em dívida de longo prazo, numa emissão onde a procura foi superior a 23.000 milhões. Face ao último leilão comparável de novembro, a taxa subiu de 0,333% para os 0,45%. Esta emissão servirá de referência para Portugal para o prazo de 10 anos. Portugal continua a beneficiar do bom momento e desempenho da sua economia e a procura que teve nesta emissão acabam por ser um reflexo do mesmo”.
O profissional comenta ainda que “a subida da taxa acaba por estar em sintonia com o movimento que temos assistido na dívida soberana europeia. Enquanto não tivermos sinais de subidas de taxas, devemos conseguir ir fazendo o rollover da dívida com taxas baixas que permitirão fazer uma grande poupança no custo que temos do serviço da dívida portuguesa.”