Oferta e procura de habitação em sentidos opostos

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Mike Schmid, Flickr, Creative Commons

Segundo o mais recente Portuguese Housing Market Survey, inquérito mensal de confiança realizado pela Confidencial Imobiliário (Ci) e pelo RICS junto de mediadores e promotores imobiliários, os preços têm vindo a ser influenciados pela escassez de oferta tanto no mercado de habitação como de arrendamento. Ricardo Guimarães, diretor da Ci, afirma que “esta situação deverá dominar as tendências nos próximos meses”, acrescentando que o facto de os preços estarem a subir de forma generalizada em todo o território nacional “poderá ser um ponto de viragem, uma vez que pode impulsionar o desenvolvimento e o financiamento de novas casas”.

A publicação revela, ainda, que a oferta de casas para venda tem vindo a cair nos últimos meses, enquanto que a procura por parte de novos compradores manteve o crescimento. Também no mercado de arrendamento a oferta parece ser desajustada à procura, uma vez que a oferta por parte dos proprietários continua a cair de forma acentuada.

Não obstante, de acordo com o último relatório dos fundos imobiliários publicado pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património – APFIPP – no mês de maio as construções acabadas arrendadas representavam 1.285, 4 milhões de euros do total das aplicações dos Fundos Abertos Acumulação. O panorama é semelhante tanto nos Fundos Abertos Rendimento, nos quais 1.171, 1 milhões de euros do total pertenciam a esta aplicação, como nos Fundos Reabilitação, com 36,8 milhões de euros do total.