André Themudo, responsável de negócio em Portugal, fala das promissoras abordagens à construção de carteiras que a tecnologia permite. Comentário patrocinado pela BlackRock.
TRIBUNA de André Themudo, responsável de negócio em Portugal da BlackRock. Comentário patrocinado pela BlackRock.
Num contexto global marcado por tensões geopolíticas, volatilidade e incerteza económica, os investidores enfrentam um desafio fundamental: como manter-se firmes e tomar decisões informadas em vez de se deixarem influenciar pelas emoções do mercado.
Para dar um exemplo, apesar das más perspetivas que muitos anteciparam para as ações no final de 2022, o mercado registou um crescimento sustentado, desafiando as previsões pessimistas. Este fenómeno sublinha a importância de uma estratégia de investimento disciplinada, capaz de identificar oportunidades mesmo em períodos de elevada volatilidade.
O ambiente atual está a passar por uma transformação significativa. Durante anos, o modelo de investimento tradicional baseou-se na gestão ativa, tendo as retrocessões como uma das principais fontes de rendimento. No entanto, estamos a assistir a uma mudança para um modelo orientado para o aconselhamento, em que a qualidade do serviço, o acesso a produtos diferenciados e a eficiência da carteira estão a tornar-se cada vez mais importantes. Esta transição abre novas oportunidades tanto para os investidores como para os gestores de fundos, com ênfase numa oferta de produtos mais ampla e diversificada, que vai desde fundos ativos e instrumentos indexados a soluções para o mercado privado.
Neste contexto, uma das abordagens mais promissoras para construir carteiras eficientes e resilientes é a utilização da tecnologia, especialmente da inteligência artificial (IA). A capacidade da IA para processar grandes volumes de dados e extrair padrões de investimento que não são óbvios a olho nu está a revolucionar o mundo do investimento. Na BlackRock, entendemos que existem duas formas principais de tirar partido desta revolução tecnológica: a primeira é investir diretamente em setores e empresas que irão beneficiar do avanço da IA, como a tecnologia, a automação, a robótica e os semicondutores. A segunda é aplicar a IA e os grandes volumes de dados ao próprio processo de investimento, permitindo uma seleção de ativos mais eficiente e precisa. A IA permite que os investidores monitorizem constantemente o mercado e ajustem as posições com uma rapidez e uma precisão que seriam impossíveis através de processos manuais. A automatização das decisões de investimento, ao basear-se em dados objetivos e não na intuição, reduz o risco de erros impulsivos e permite que as decisões sejam tomadas de forma mais calculada e racional.
Um exemplo claro desta segunda via é o BSF Systematic ESG World Equity Fund, um fundo de ações globais capaz de cobrir um universo de até 700 ações de uma forma que seria quase impossível com abordagens tradicionais. Utilizando a aprendizagem automática desde 2007, a equipa da Systematic Active Equity da BlackRock conseguiu criar uma estratégia de investimento que não se baseia apenas na recolha e análise de dados, mas também na incorporação de fatores ambientais, sociais e de governação (ESG), que são essenciais para muitos investidores atualmente.
Em conclusão, os investimentos sistemáticos, possibilitados pela inteligência artificial e pela análise de dados, representam uma das grandes oportunidades para os investidores no contexto atual. Embora a incerteza e a volatilidade globais continuem a ser fatores que desafiam os retornos do investimento, aqueles que adotam uma abordagem estruturada e confiam na tecnologia para tomar decisões informadas e precisas estarão melhor posicionados para tirar partido das oportunidades de crescimento, tanto a curto como a longo prazo.