Rodolfo Crespo, analista sénior da Platforum, analisa o lançamento do serviço de ETF por parte da Allfunds e as suas vantagens para a plataforma.
Apesar de inesperado, o lançamento do serviço de ETF por parte da Allfunds é significativo. A Allfunds torna-se na primeira plataforma institucional de fundos que permite a operação de ETF, em frações, para clientes de inúmeros países. A operação em frações é essencial para proporcionar soluções de investimento periódicas e o reajuste de carteiras de forma eficiente. Isto pode ser uma grande vantagem competitiva para a Allfunds em relação a outras plataformas institucionais, agora que muitos bancos e gestores de patrimónios na Europa avaliam a sua estratégia digital de forma a servirem aqueles clientes sem património suficiente para receber aconselhamento.
À exceção da Alemanha, onde os planos de investimento periódico em ETF gozam de alguma popularidade, a operação em frações é, ainda, pouco frequente na Europa. No Reino Unido, só oito das 18 maiores plataformas para assessores desenvolveram esta tecnologia, o que é uma das barreiras que justificam que pouco mais de 1% dos ativos geridos por estas plataformas estejam investidos em ETF. No entanto, gestores automatizados como Nutmeg e Wealthify adotaram, de facto, a operação em frações para facilitar as contribuições periódicas dos seus clientes.
Este desenvolvimento posiciona a Allfunds de forma a oferecer a sua plataforma de ETF a novos gestores automatizados que surjam tanto da parte da banca, como de projetos independentes.
