Paulo Pacheco, CFA, responsável pela gestão de ativos do Banco Português de Gestão, aborda o tema da dívida pública portuguesa conjuntamente com a contração do PIB nacional.
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No início desta semana o Banco de Portugal comunicou que a dívida pública portuguesa atingiu os 270,4 mil milhões de euros. No ano de 2020, ímpar pela pandemia global, o acréscimo foi de 20 mil milhões de euros.
Entretanto, no decorrer da semana, o INE divulgou a primeira estimativa da contração do produto interno bruto para 2020, uns incríveis 7,6%.
Volvidos quase 10 anos sobre o pedido de resgate internacional e o PIB real Português encontra-se sensivelmente no mesmo patamar de então. Contudo, nesse mesmo período, Portugal acumulou mais 70 mil milhões de dívida sobre um fardo pesado, talvez demasiado pesado.
O mesmo exercício, desde o início do século, resulta na mesma conclusão, mas com fotografia de pior qualidade.
Entrámos na terceira década do século e as perspetivas não são as melhores. Paradoxalmente, Portugal tem emitido dívida a taxas baixas, diria mesmo muito baixas, apesar do quadro descrito.
Estarão os investidores distraídos ou estamos perante a mutualização da dívida europeia?!