Chart of the Week - As taxas de juro a dois anos dos treasuries americanos

João Caiano Task WM
João Caiano. Créditos: Cedida (CFA Society Portugal)

O Chart of the Week é da autoria de João Caiano, managing partner da Task Wealth Management.

Na próxima semana temos uma verdadeira avalanche de dados económicos que nos vão sem dúvida prender a atenção. Começamos logo na 2ª feira com ISM Manufacturing (onde também temos a componente da inflação), para depois na 4ª feira serem divulgados os durables goods orders e as minutas da última reunião da Fed, na 5ª o ISM services e o ADP employment para terminarmos a semana com o job report de junho onde o mercado espera uma criação de 213k novos empregados vs os 339k do mês anterior.

Depois de na semana passada Jerome Powell ter referido que a Fed poderá subir ainda mais as taxas de juro nas próximas reuniões (recordo que em junho a Fed não mexeu nas suas taxas diretórias), as minutas da última reunião da Fed e os dados económicos divulgados na próxima semana, com principal foco no relatório de emprego, poderão dar algumas luzes sobre a dimensão das próximas subidas e, mais importante, para quando o fim deste ciclo de subidas de taxas de juro.

Olhando para o gráfico das taxas de juro a dois anos dos treasuries americanos que depois de atingir os 4,79% em 22 de junho pareciam querer inverter o ciclo de subida, eis que o discurso de Powel provoca uma nova subida até ao novo máximo, na 6ª feira, nos 4,87% (à hora que escrevo). Até onde vão os dois anos americanos e para quando um final deste movimento de subidas de taxas de juro, que nos meus 28 anos de experiência profissional, nos mercados financeiros, está a ser sem dúvida o mais agressivo de sempre?