No Chart of the Week desta semana, Sérgio Brito, analista da APFIPP, analisa a evolução dos fundos de investimento mobiliário nacionais durante um dos períodos mais conturbados da história económica mundial.
(O Chart of the Week desta semana é da autoria de Sérgio Brito, analista da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património)
Fonte: CMVM, APFIPP
A indústria de fundos de investimento global foi fortemente afectada pela crise do subprime iniciada em 2007 e a portuguesa não foi exceção, registando, entre 2006 e final de 2011, uma redução de quase 2/3 nos montantes geridos. Tendo começado por acompanhar em 2012 a recuperação que se sentiu no investimento em fundos à escala global, os Fundos de Investimento Mobiliário Portugueses foram atingidos nos dois anos subsequentes pela crise da dívida nacional e pela crise bancária, caindo os montantes investidos em fundos para novos mínimos.
Em 2015, deu-se um marco histórico para a indústria de Fundos Portugueses, com a revisão do respectivo regime fiscal, passando para uma tributação “à saída”, em linha com as melhores práticas europeias.
A maior estabilidade dos mercados, o crescimento económico e as baixas taxas de juro praticadas nos depósitos bancários, têm levado os aforradores nacionais a voltarem-se para os Fundos de Investimento Mobiliário, enquanto instrumento privilegiado de aplicação das suas poupanças. No último ano e meio, os montantes geridos cresceram quase 14%, impulsionados por uma forte procura dos investidores, traduzida num saldo de subscrições líquidas superior a mil milhões de euros, que se espera que se mantenha neste ano que agora começa.