O Chart of the Week é da autoria de Pedro Lino, CEO da Optimize Investment Partner.
O índice Nasdaq 100 tem concentrado as atenções dos investidores, uma vez que tem registado performances muito positivas ao longo do ano. A partir de julho, após ter atingido uma valorização superior a 40% e uma concentração em sete empresas que levou a uma revisão no índice (Apple, Amazon, Alphabet, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla), registamos uma realização de mais-valias, com os investidores a mostrarem-se mais cautelosos, perante o cenário macroeconómico mundial.
Com efeito, a subida dos juros de longo prazo, com a rentabilidade das obrigações americanas a 10 e 30 anos a romper a barreira dos 5%, o combate à inflação, a instabilidade geopolítica mundial, o abrandamento económico e os resultados mais recentes de empresas como a Meta ou Alphabet, que apontam para um abrandamento do mercado de publicidade, está a ter um impacto no índice. Alguns suportes-chave foram quebrados na semana que termina hoje, num sinal de que o mercado está mais vulnerável.
Por outro lado, a contínua subida dos juros, em virtude da venda de obrigações americanas por parte da China, da necessidade de financiamento do défice americano cada vez mais elevado, mesmo com o crescimento económico registado nos últimos dois anos, e da venda de ativos por parte da Reserva Federal, está a criar alternativas de investimento em ativos considerados como refúgio e mais seguros para os investidores que acabará por desviar uma parte da alocação de dinheiro das ações para o mercado de obrigações.
Este mais recente sinal de fraqueza do índice Nasdaq 100 foi sentido quando o índice quebrou o suporte dos 14.500 pontos, estando os próximos suportes na média móvel dos 200 dias, atualmente nos 13.950 pontos e posteriormente na zona dos 13000/13.000 pontos que coincide com uma correção de 50% da subida deste ano, e a consolidação registada no mês de abril.
