As últimas declarações de Jerome Powell levaram a um recuo das perspetivas para as subidas de taxas de juro em 2019. O que levou a esta alteração? Duarte Nunes, do departamento comercial da Santander Asset Management, analisa as declarações do presidente da Fed.

Fonte: CME Group, 29/11/2018
Os últimos indicadores macroeconómicos divulgados e as últimas declarações, durante esta semana, do Presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, fizeram recuar as perspetivas para subidas das taxas de juro em 2019. Com efeito, há um mês atrás, os analistas encontravam-se divididos entre a possibilidade de serem efetuadas duas ou três subidas dos juros em 2019, colocando a taxa nos
2,75% ou 3% (upper bound); Agora as probabilidades inclinam-se para apenas duas subidas, sendo que a probabilidade de ser efetuada apenas uma subida é superior à probabilidade de três subidas.
A sustentar estas perspetivas está um outlook contido para a inflação norte-americana, que deverá rondar os 2% durante o próximo ano e uma moderação da expansão económica, com o PIB a crescer menos em 2019 que em 2018 (o FMI estima um crescimento Real do PIB de 2,8% em 2018 e de 2,5% em 2019).
Este tema será certamente seguido com atenção nas próximas semanas, uma vez que a Fed se reúne nos dias 18 e 19 de dezembro e nessa altura serão reveladas as estimativas dos governadores da Fed (Dots) para o valor das taxas de juro nos próximos anos.