Para Flavio Carpenzano a dívida corporativa investment grade pode ajudar a preservar o capital e a diversificar a carteira. Estes atributos colocam esta classe de ativos num lugar central como elemento estratégico nas carteiras de obrigações. Comentário patrocinado pela Capital Group.
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TRIBUNA de Flavio Carpenzano, diretor de Investimento na Capital Group. Comentário patrocinado pela Capital Group.
Após a decisão da Reserva Federal norte-americana (Fed) de iniciar o ciclo de flexibilização, acreditamos que é importante reiterar o valor estratégico de manter uma alocação base à dívida corporativa investment grade.
As atrativas yields da dívida corporativa investment grade, o seu potencial para preservar o capital e a sua capacidade de diversificação em relação às ações fazem com que esta classe de ativos desempenhe um papel importante entre os ativos estratégicos de uma carteira de obrigações. A dívida corporativa investment grade oferece aos investidores uma duração semelhante à da dívida pública, mas com yields mais atrativas. A análise dos resultados dos últimos 10 anos mostra que as obrigações corporativas globais com investment grade proporcionaram rendimentos comparáveis aos de uma carteira composta por 50% de obrigações do Tesouro e 50% de high yield global.
O crédito corporativo IG tem oferecido rendimentos comparáveis aos de uma abordagem de investimento barbell
Na maioria das circunstâncias, o crédito investment grade dos mercados desenvolvidos oferecerá um nível de rendimento superior ao da dívida pública equivalente. O rendimento adicional não só proporciona um fluxo de rendimento relativamente estável e seguro, mas também proporciona à carteira uma almofada para ajudar a mitigar os períodos de volatilidade do mercado. A Era dos rendimentos ultrabaixos deu lugar a outra em que a inflação e, por conseguinte, as taxas de juro oficiais deverão continuar manter-se mais elevadas. Neste contexto, as obrigações corporativas deverão continuar a proporcionar níveis de rendimento atrativos.
Preservação do capital
As yields que este tipo de crédito oferece estão em equilíbrio com uma duração de cerca de seis anos. Em períodos de tensão económica ou de mercado, quando as expetativas de flexibilização das taxas de juro aumentam, as yields tendem a baixar. Esta queda das yields beneficia a componente da duração, pelo que pode ajudar a compensar qualquer aumento dos spreads, contribuindo assim para preservar o capital.
Diversificação das ações
A volatilidade dos mercados de ações no início de agosto realçou a importância da diversificação das carteiras. Enquanto as ações registavam quedas, os mercados de obrigações recuperavam. Este é o papel que esperamos que as obrigações desempenhem. Uma análise dos dados dos últimos 50 anos mostra que a correlação negativa entre as obrigações e as ações costuma coincidir com períodos em que a inflação se aproxima do objetivo de 2% da Reserva Federal. Embora tenha havido exceções, como no período de baixa inflação dos anos 90, quando as ações e as obrigações estavam positivamente correlacionadas, normalmente a correlação das classes de ativos só é positiva em período de elevada inflação, como em 2022.
Contexto favorável
Num contexto marcado pela solidez dos fundamentais e por um ambiente macroeconómico favorável, sublinhado pelo corte das taxas de juro da Fed, o crédito investment grade continua a usufruir de um forte apoio a nível técnico. A forte procura levou a um estreitamento dos spreads abaixo da sua média a longo prazo. No entanto, ao rever os níveis, é importante ter em conta as mudanças substanciais no mercado de dívida corporativa investment grade nas últimas décadas, incluindo a qualidade creditícia e a duração. Ajustando estes fatores ao spread por unidade de duração das obrigações corporativas com notação BBB, observa-se que os spreads estão mais próximos do seu nível médio dos últimos 35 anos. Isto não quer dizer que os spreads se vão estreitar mais, mas talvez sugira que a fasquia para um alargamento significativo é muito mais elevado do que uma simples análise dos spreads históricos poderia indicar.
Spreads por unidade de duração
Uma análise mais detalhada dos spread revela que, em geral, só se alargaram significativamente na sequência de uma perturbação macroeconómica importante ou de um período de graves tensões nos mercados. Na ausência de tais catalisadores, os spreads podem permanecer ajustados durante um prolongado período. Atualmente, não prevemos tensões graves nos mercados e acreditamos que estamos a entrar num período relativamente benigno em que os spreads podem permanecer estáveis e o carry deverá contribuir significativamente para os resultados. Este é um ambiente que, historicamente, tem favorecido as obrigações e acreditamos que os investidores que procuram tirar partido das vantagens desta classe de ativos devem considerar o crédito investment grade como uma alocação base de obrigações.
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