Cumprir a palavra em matéria de ESG

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TRIBUNA de opinião de Laura Donzella, responsável de Vendas para Ibéria e América Latina da Nordea Asset Management. Comentário patrocinado pela Nordea Asset Management.

É inegável que, nos últimos anos, os critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) passaram de ser um nicho de investimento para constituir uma tendência generalizada. Isso deu lugar à proliferação, em datas recentes, de distintas opções e soluções disponíveis para os investidores. Dado que, de momento, não existem standards ESG claros e estabelecidos, encontrar a solução idónea ou o parceiro ESG adequado passou a ser uma tarefa cada vez mais complicada para os investidores, profissionais da seleção de fundos e distribuidores. Para ajudá-los a lidar com este complexo panorama, expomos cinco perguntas chave que deveríamos fazer na hora de eleger a solução ESG adequada ou uma gestora de ativos para que seja sua parceira ESG:

Oferecem soluções ESG em sintonia com as suas necessidades?

Para responder a esta pergunta, é necessário compreender primeiro as suas necessidades e expectativas. Por exemplo, existem determinados valores que têm especial importância para si? Qual é o seu objetivo de trabalho e que resultado espera para os seus investidores? Com o objetivo de não renunciar à rentabilidade, há que procurar um parceiro que lhe ofereça soluções valendo-se de um enfoque determinado – como a integração dos critérios ESG – e que tenha a capacidade de conseguir rentabilidades a longo prazo ao mesmo tempo que cumpre certos standards em matéria de investimento responsável. Por exemplo, esta tem sido a filosofia que impera na gama ESG da Nordea: a gama STARS.

Se as suas decisões se baseiam principalmente em valores (e está preparado para aceitar os possíveis desvios de rentabilidade que isso comporta), talvez lhe interesse excluir da sua carteira alguns sectores ou até empresas específicas. Outro enfoque poderá fazer finca-pé em determinadas temáticas – como as mudanças climáticas – às quais atribua uma importância especial. O âmbito de investimento responsável oferece um amplo leque de enfoques que dão resposta a essas expectativas em diferentes medidas. É importante que escolha um parceiro que possa compreender esses enfoques e oferecer-lhe várias opções em função das suas necessidades. 

São capazes de demonstrar uma dilatada experiência em matéria de investimento responsável ou ESG?

O saber fazer e a experiência em questões ESG não se pode adquirir da noite para o dia, requer sim uma curva de aprendizagem mais longa e dispor dos recursos adequados. Uma gestora de ativos que tenha estado a trabalhar durante muito tempo na aplicação de práticas e políticas de investimento responsável e questões ESG teve tempo de tomar consciência das diferentes subtilezas que isso comporta. A entidade deve ser fiel aos seus valores e demonstrar que também faz jus à sustentabilidade do ponto de vista da responsabilidade social corporativa (RSC). Em poucas palavras: deve fazer parte do seu ADN. Na qualidade de investidor, deveria tomar nota das conquistas e do compromisso a longo prazo da entidade em termos de investimento responsável.

Dispõe de provas que demonstram que cumpre a sua palavra em matéria ESG?

Independentemente do seu enfoque de investimento responsável, assegure-se que a sua gestora de ativos integra realmente os critérios ESG nos seus processos de investimento. Isso começa com a consciência dos recursos alocados pela entidade. Existe uma equipa interna? Qual é o seu tamanho e grau de experiência? Geram pontuações de forma interna ou dependem exclusivamente de dados externos, muitas vezes com defeitos? Outra componente fundamental consiste em compreender até que ponto os dados ESG estão a exercer uma influência real na tomada de decisões de investimento e se incorporam na hora de estruturar as carteiras. Para além disso, as gestora de ativos deveriam realizar visitas ao terreno e interagir com as empresas de forma regular. Estas medidas situam o investidor responsável numa melhor posição para compreender e avaliar de que maneira está posicionada uma empresa para gerir os riscos e oportunidades em matéria ESG.

São transparentes?

Todos necessitamos que as empresas nas quais investimos sejam transparentes e proporcionem o acesso a dados. O mesmo princípio deveria aplicar-se às gestoras de ativos: as suas atividades devem ficar demonstradas e darem-se a conhecer de forma  a que possa entender o seu enfoque ESG e o seu valor acrescentado. Podemos citar alguns exemplos de informações úteis sobre questões ESG, como os relatórios anuais, os relatórios de transparência sobre os Princípios para Investimento Responsável (PRI), os dados sobre as votações e os relatórios sobre atividades de engagement com as empresas. Para além disso, importaria esperar que as suas políticas de investimento responsável mais relevantes fossem de domínio público.

Procuram ativamente conseguir mudanças?

A geração de mudanças ou impacto constitui uma caraterística importante das questões ESG. A adopção de um enfoque de participação ativa é fundamental para propiciar as referidas mudanças. Isto pode materializar-se de várias formas, como o exercício de direito ao voto na qualidade de acionista e a interação das empresas participantes através de uma política de diálogo ativo. Genericamente, considera-se que este enfoque constitui um dos mecanismos mais eficazes para reduzir riscos, melhorar a rentabilidades a longo prazo e impulsionar uma mudança positiva, pelo que convém assegurar-se de que o seu partner ESG também mostra o exemplo e realiza visitas in situ para dialogar com as empresas. Para além do exercício de direito de voto nas assembleias gerais de acionistas, todos os investidores nas diferentes classes de ativos podem interagir com as empresas para promover as mudanças positivas. Alguns dos métodos de interação mais utilizados são as iniciativas dos investidores e o diálogo com as empresas. Muitas vezes, também seria útil realizar visitas às regiões onde operam as empresa com o intuito de recolher informação valiosa sobre elas.

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