Com a libra a atravessar um período difícil, José Gavino, responsável de Negócio para Portugal da CORUM Investments, estará atento à sua evolução. Também a divulgação de um dos indicadores mais eficientes da economia americana, o relatório do emprego, será um tópico a destacar esta semana.
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O Esta semana vou estar de olho... é da autoria de José Gavino, responsável de Negócio para Portugal, CORUM Investments.
As últimas semanas têm trazido um conjunto enorme de notícias relevantes para o Reino Unido.
Uma inflação a 12 meses de agosto em 9,9%, apesar de descendente face aos 10,1% de julho, compara com 9,1% na Zona Euro. Juntaram-se ao tema da inflação, lembrem-se, a chegada cheia de dúvidas de Liz Truss, a morte da Rainha Isabel II e a incerteza da integridade da Commonwealth sob Carlos III, as decisões de baixa de impostos de Liz Truss incompreendidas pelas várias entidades supranacionais, o anúncio do Banco de Inglaterra de uma operação para compra de dívida com maiores maturidades, com críticas do FMI e Moody’s... and counting.
Vai ser muito interessante perceber o que acontecerá depois da semana passada termos visto mínimos de 50 anos no GBPUSD e mínimos de 14 anos no GBPEUR.
Na CORUM, através do CORUM XL fundo imobiliário comercial, temos hoje cerca de 750 milhões de euros investidos no Reino Unido. Estamos conscientes da incerteza de curto prazo, mas seguros da nossa visão de longo prazo. Os tempos pré-Brexit deram-nos a oportunidade de comprar ativos únicos, a preços interessantes e sobretudo com arrendatários com grande capacidade financeira. As compras feitas desde 2017, tanto antes como depois do Brexit, dão-nos não só o conforto do ativo e do arrendatário, como de uma média de compras de moeda GBPEUR a 1.11/1.12, exatamente o nível a que está a negociar agora, depois do tumulto do início da semana passada. Será que a janela de oportunidade ainda continua aberta?
A nossa visão de longo prazo de 8-10 anos, para além dos 3-5 anos dos mercados de ações, permite-nos aproveitar os ciclos e não depender deles. Isto é verdade em diversos setores, países e moedas.
Numa visão de macroeconómica global, vou naturalmente estar atento a um dos indicadores mais eficientes da economia americana: relatório do emprego no dia 7. O melhor exemplo foi a sua rápida e significativa evolução durante a pandemia, tanto no sentido descendente como ascendente. Não só este indicador é o espelho das perspetivas económicas americanas e globais, como, sobretudo, pela rapidez e assertividade das instituições americanas, estamos perante um momentum em que o peso do dólar marca claramente o passo para todas as restantes economias.