Esta semana vou estar de olho... na evolução e nos impactos económicos da pandemia COVID-19

Ma_rio_Carvalho_Fernandes
Cedida

O COVID-19, nas últimas semanas, tem sido o foco da atenção de todos e promete estar connosco pelo menos por mais algum tempo. Já reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como uma pandemia, o COVID-19 já deixou a sua marca na história da humanidade e dos mercados financeiros. Esta pandemia já foi responsável pela correção de 12%, a mais rápida de sempre, do S&P500 e por algumas sessões igualmente históricas pela magnitude das quedas observadas nos mercados acionistas globais. O foco de todos os investidores continuará centrado na evolução do ritmo de contágio deste vírus e na tentativa de mensurar os seus impactos sociais, económicos e financeiros. O ambiente atual parece próximo do cenário “dominó” definido pela OCDE, em que antevia que o crescimento da economia mundial, em 2020, seria de apenas 1,5% e a recuperação, em 2021, seria gradual. Creio que existe o risco desta previsão ser revista em baixa, talvez para um crescimento mais residual este ano.

Esta semana, teremos reuniões de bancos centrais dos EUA, Japão e Suíça. Será importante perceber que tipo de medidas podem ser anunciadas, sendo que o mercado espera um novo corte da taxa de juro, pela Reserva Federal Americana, de pelo menos 75 pontos base. Se os bancos centrais não têm capacidade de eliminar o vírus, podem (e devem!) ajudar a mitigar o seu impacto no funcionamento do sistema financeiro.

Os mercados financeiros tendem a ser eficazes na antecipação do futuro, pelo que um eventual sinal de abrandamento do ritmo de contágio, poderá ser suficiente para marcar uma inversão do sentimento dos investidores. Será sobre essa métrica que iremos centrar os nossos esforços.