Hugo Freitas, responsável pela equipa de Investimentos do ABANCA, afirma que será através do índice harmonizado de preços no consumidor que saberemos como evoluiu a inflação na Zona Euro.
O Esta semana vou estar de olho... é da autoria de Hugo Freitas, responsável pela equipa de Investimentos do ABANCA.
O índice harmonizado de preços no consumidor, é o indicador de inflação mais apropriado para estabelecer comparações entre diferentes países. Designa-se harmonizado precisamente porque todos os países na União Europeia seguem a mesma metodologia no cálculo deste indicador.
Dia 18 de janeiro, quarta-feira, às 10h teremos a divulgação deste índice relativamente à Zona Euro, aí poderemos saber como evoluiu a inflação nesta região económica no passado mês de dezembro.
Relativamente à evolução recente deste indicador económico, notámos um pico no passado mês de outubro (10,6%) culminando na maior escalada de preços da história do bloco económico, seguido de dois meses de correção, novembro (10,1%) e dezembro (9,2%), sendo que esta última leitura de dezembro trata-se de um indicador avançado, ou seja, uma estimativa que permite, tendo base os dados económicos disponíveis, estimar mais cedo o indicador do mês.
A leitura do próximo dia 18 de janeiro dar-nos-á efetivamente os dados reais e não uma estimativa, ou um indicador avançado. Não obstante um indicador avançado já nos dar alguma margem de confiança quanto à tendência, existem situações por vezes em que os dados finais revistos revelam-se algo distintos dos indicadores avançados. Na leitura de novembro, verificámos um desfasamento de 0,1% (entre indicador avançado e final), o que acabou por não ter grande relevância para o mercado, mas, por exemplo, em setembro já tivemos diferenças de 0,8%.
Os investidores anseiam por boas notícias, leia-se, por uma continuação da tendência de correção nas leituras deste indicador económico. No último mês para os quais temos dados estatísticos finais (ver imagem em baixo), novembro, constatámos que Espanha registou a inflação mais baixa 6,7% da União e a Letónia a mais alta 21,7%, Portugal situou-se nos 10,2%.
