Luís Dias, gestor na Square Asset Management, relembra que a diversificação da carteira de investimentos é a proteção mais eficiente no presente ambiente e os fundos de investimento imobiliários têm-se revelado muito eficazes nesta função.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
O contexto instalado desde finais de 2019, época a partir da qual teve início a pandemia, veio impor fortes restrições à produção e a disrupção das cadeias de distribuição. Este facto aliado a uma forte procura, fruto da política económica expansionista observada nesse período, tem vindo a materializar-se no agravamento do custo dos fatores de produção com reflexo óbvio e direto nos preços ao consumidor.
Os recentes acontecimentos a Leste, os quais para além dos impactos já visíveis, seja nos preços dos combustíveis ou dos bens alimentares, veio também introduzir uma importante dose de incerteza face a futuros efeitos de um possível alargamento do conflito, tanto ao nível geográfico como temporal.
Face a esta tendência, o investidor de perfil conservador deverá ter em consideração quais os mecanismos de proteção, não só face à inflação inexistente no passado próximo, mas também em relação à incerteza relativamente aos ativos financeiros.
A diversificação da carteira de investimentos é a proteção mais eficiente no presente ambiente e os fundos de investimento imobiliários em particular têm-se revelado muito eficazes nesta função. Por um lado, a indexação dos contratos de arrendamento ao IPC garante a manutenção do rendimento não sendo este consumido pela desvalorização do dinheiro e por outro a importância de uma carteira descorrelacionada com a tradicional volatilidade dos principais mercados financeiros.
Mais, uma vez que o valor do ativo imobiliário depende dos fluxos de caixa futuros, vulgo DCF, a evolução futura do rendimento terá um impacto positivo no valor do ativo.
A criteriosa seleção dos ativos e dos inquilinos, e em que condições, nos quais os fundos investem será fator determinante para que este tipo de veículo seja eficaz como proteção em regime inflacionário.