Luis Carvalho, CIO da CA Gest, conta que os resultados relativos ao primeiro trimestre do ano para as empresas que constituem o S&P 500 deverão apresentar um crescimento de 4,5%.
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De acordo com o consenso de analistas, os resultados relativos ao primeiro trimestre do ano para as empresas que constituem o S&P 500 deverão apresentar um crescimento de 4,5%, uma evolução homóloga menos expressiva quando comparada com a dos trimestres anteriores. Mas se quisermos acreditar nas estatísticas e considerarmos o beat ratio dos últimos anos e a evolução dessa projeção ao longo da earnings season, podemos ainda esperar uma taxa de crescimento de resultados para trimestre superior a 10%, o que o tornaria o 5.º trimestre consecutivo a verificar-se um crescimento de duplo dígito. Será possível desta vez?
Os custos laborais, bem como a escassez de mão de obra, os constrangimentos nas cadeias de distribuição e o aumento dos custos das matérias-primas são alguns dos pontos já mencionados pelas empresas ao longo dos últimos trimestres como tendo potencial impacto nas suas contas. A avaliar pelos primeiros pré-anúncios de resultados relativos ao primeiro trimestre (S&P500), estes deverão permanecer como os mais apontados pelas empresas. Ainda assim, desta feita, haverá certamente a acrescer um conjunto de novos temas. Em primeiro lugar, o impacto da guerra na Europa, com muitas empresas a encerrarem a sua atividade na Rússia e a serem penalizadas pelos efeitos colaterais das sanções aplicadas pelo ocidente. Igualmente acompanhada de perto, estará a subida acentuada das taxas de inflação. Até quando terão as empresas a capacidade de passar o aumento dos custos de produção para os consumidores sem que a procura de alguns bens seja afetada. Finalmente, qual o impacto da recente subida de taxas de juro no serviço da dívida, tanto para as empresas como para os consumidores.