Teresa Morais, da BBVA AM Portugal, estará atenta à publicação dos dados do PIB do 3º trimestre na China que se estima que tenha aguentado a fasquia dos 5% de crescimento em termos homólogos.
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Um dos temas que nesta segunda metade do ano tem despertado particular interesse são os custos económicos associados à transição energética. Depois de em agosto último o painel intergovernamental das Nações Unidas sobre as alterações climáticas ter elaborado um relatório científico detalhado sobre os riscos do aquecimento global, a subida dos preços do gás natural acentuou-se desde então, provocando importantes constrangimentos económicos, tanto na Europa como na Ásia.
Um dos países que pode ter sido dos mais afetados por esta subida vertiginosa dos preços da energia foi a China, que tem estado a dar os primeiros passos para transição energética, com a substituição gradual das centrais de carvão por fontes de energia menos poluentes como o gás natural.
Esta semana, vai ser publicado o PIB do 3º trimestre deste país, onde se estima que tenha aguentado a fasquia dos 5% de crescimento em termos homólogos. No entanto, vai ser importante aferir a extensão do impacto do aumento dos custos de energia na atividade industrial, bem como antecipar o que esperar em termos de medidas anti cíclicas que possam contrabalançar o risco de pior desempenho da atividade económica durante os próximos meses. Mas independentemente das questões económicos de curto prazo, o essencial é garantir que não haja nenhum retrocesso nos compromissos com a transição energética.
