Jorge Ramalho, no seu blog, destaca as enormes expectativas sobre os acontecimentos que vão ocorrer nos próximos dias.
O mercado financeiro aguarda com expectativa os eventos que irão ter lugar em breve. O dólar americano continua a sua correção depois dos dados decepcionantes, referentes ao mercado de trabalho, terem arrefecido a ideia de uma subida de taxas em junho.
Yellen, na sua mais recente intervenção, ofereceu ao mercado uma visão mista sobre a política monetária que vai seguir, mas parece-me certo que a reunião da próxima semana não irá trazer novidades em termos de taxas de juro.
Num discurso muito aguardado pelo mercado, a presidente da Reserva Federal admitiu como apropriada uma subida gradual das taxas de juro de curto prazo, embora rejeitasse deixar indicações quanto ao momento em que isso se poderá verificar.
No fundo, um recuo em relação aos comentários mais optimistas que deixara no passado mês de maio, ao reconhecer que uma subida das taxas poderia verificar-se "nos próximos meses".
Se os próximos dados refletirem uma ligeira melhoria no mercado laboral (confirmando assim que o dado da passada sexta-feira foi um desvio e não o inicio de uma nova tendência) e se a inflação subir um pouco mais em direção ao objectivo dos 2%, a Fed equaciona subir taxas, mas não acredito que o faça agora em junho ou em julho. Tão pouco acredito que o faça depois do verão já que será demasiado próximo das eleições americanas. Aguardemos pois a reunião da semana que vem, para tentar perceber qual será a estratégia que vão seguir.
A aproximação do referendo no Reino Unido aumenta a pressão sobre a libra. O mercado segue, atentamente, a divulgação das várias sondagens que vão sendo publicadas e que têm mostrado resultados distintos e que faz a libra oscilar conforme o sentido de voto vencedor de cada uma delas.
Ontem, talvez devido ao discurso de Cameron, a permanência na União Europeia pareceu mais perto e ajudou a libra a recuperar algum do terreno perdido para o Euro. Esta incerteza, quer no timing das subidas de taxas nos Estados Unidos quer em relação a um possível Brexit aumenta consideravelmente a volatilidade o que augura um mês de junho com fortes mexidas nos preços dos diversos ativos.
O preço do petróleo consolida acima dos 50 dólares por barril, atingindo máximos do ano. A debilidade do dólar e a interrupção da produção na Nigéria, após ataques á infraestrutura de oleodutos, ajudam a suportar esta subida.