Flexibilidade para beneficiar das fontes de valor nos mercados obrigacionistas

Guillaume Rigeade e Eliezer Ben Zimra. Carmignac
Guillaume Rigeade e Eliezer Ben Zimra. Créditos: Cedida (Carmignac)

TRIBUNA de Guillaume Rigeade e Eliezer Ben Zimra, cogestores do Carmignac Portfolio Flexible Bond. Comentário patrocinado pela Carmignac.

Nos mercados financeiros, parece reinar uma calma inquieta perante um horizonte mais prometedor do que se divisava há alguns meses. Ainda que a situação sanitária se esteja a deteriorar em alguns países devido ao surgimento de novas variantes da COVID-19, os programas de vacinação estão a acelerar, sobretudo nos países desenvolvidos, que já estão a preparar a reabertura gradual das economias. Neste cenário, após um 2020 conturbado e no qual reinou a incerteza, em 2021, a maioria dos indicadores apontam que estamos a caminhar para uma recuperação generalizada do crescimento mundial, tendo como pano de fundo as políticas ainda acomodatícias dos bancos centrais dos EUA e europeu.

Qual o impacto deste cenário no mercado obrigacionista? As maiores expetativas de inflação, sustentadas pelo plano de estímulos do Governo de Joe Biden, a campanha de vacinação e a reabertura gradual da economia, provocaram um aumento das taxas de juro nominais a longo prazo nas principais regiões desenvolvidas do mundo.

Qual a consequência para os investidores? As avaliações voltaram aos níveis anteriores à crise, os rendimentos voltaram a estar em níveis baixos e a rendibilidade do mercado obrigacionista não recompensa frequentemente o risco do investidor nem compensa o risco de subida das taxas de juro que se materializou durante o primeiro trimestre.  Neste contexto, a pergunta é como podemos encontrar valor nos mercados obrigacionistas sem termos de pagar um preço elevado.

A nossa solução para este cenário desafiador

Este cenário desafiador exige uma gestão flexível que evite os riscos da gestão tradicional e/ou passiva de rendimento fixo.  O Carmignac Portfolio Flexible Bond é um fundo UCIT de rendimento fixo internacional que implementa estratégias de crédito e de taxas de juro em todo o mundo e que cobre de forma sistemática o risco de divisa. Uma estratégia que gerimos juntos há mais de 8 anos, e os últimos 2 anos na Carmignac. O fundo visa superar o seu índice de referência(1) e gerar uma rendibilidade positiva num horizonte de investimento de três anos.

A nossa estratégia conta com todas as ferramentas necessárias para gerar rendibilidade nestes diferentes contextos de mercado.

  • Temos acesso a todos os segmentos de rendimento fixo: soberanos ou empresariais; mercados desenvolvidos ou emergentes; classificações investment grade ou high yield; dívida financeira, crédito estruturado ou títulos do mercado monetário.
  • A nossa gestão não é referenciada: a alocação do fundo não está limitada por um índice de referência. Podemos selecionar os segmentos mais atrativos em função do cenário macroeconómico, do regime monetário ou das avaliações ajustadas ao risco.
  • Gestão ativa: a estratégia é capaz de gerir ativamente o seu nível de exposição aos mercados de rendimento fixo para tirar partido das oportunidades que possam surgir, intervindo de forma reativa nos segmentos em que identificamos valor, mas também reduzindo o risco global da carteira quando necessário.
  • Seleção de emitentes por convicção: como gestores do fundo, contribuímos com a nossa experiência na alocação de ativos de rendimento fixo. Além disso, apoiamo-nos na destreza dos nossos especialistas em cada uma das classes de ativos (dívida emergente, dívida financeira, crédito) na seleção dos emitentes. O objetivo final é construir uma carteira fundamentada nas nossas convicções mais firmes, evitando ao mesmo tempo o elevado custo dos mercados.   

Todos estes instrumentos têm-nos permitido uma rendibilidade positiva desde o início do ano, ao passo que os mercados obrigacionistas se encontram, em grande medida, em território negativo. Por conseguinte, continuamos a encontrar valor através de três temas centrais de investimento na nossa carteira.

 As nossas três principais convicções no mercado obrigacionista

Em primeiro lugar, a reabertura das economias. Acreditamos que este regresso paulatino à normalidade deverá beneficiar muitos dos setores mais duramente afetados pela crise provocada pela COVID-19. Seguindo esta premissa, investimos de forma muito seletiva em obrigações empresariais dos setores aéreo, automóvel e turístico. Pensamos igualmente que este contexto gerou uma bolsa de oportunidades de investimento no setor energético, muito sensível à recuperação do crescimento mundial. A exposição da carteira a este setor é de 9%, com uma rendibilidade na maturidade de 5,9%(2).

No atual contexto de baixos rendimentos nos mercados de crédito, uma segunda área em que encontramos valor é a da dívida financeira subordinada. Acreditamos que o setor é apoiado por fatores a curto prazo, tais como o apoio do Banco Central Europeu (BCE) e avaliações atrativas, como também por fatores a longo prazo, como é o caso da exigente regulamentação europeia que obriga as entidades bancárias a realizar importantes provisões de capital. No momento atual, a ponderação destes ativos no Carmignac Portfolio Flexible Bond é de 11%, com uma rendibilidade na maturidade de 4,6%(2).

Por último, encontrámos uma importante fonte de rendibilidade nos mercados de rendimento fixo emergentes. De facto, aumentámos a exposição até representar 20%(2) da carteira, porque estamos convictos de que esta classe de ativos deverá beneficiar da recuperação do crescimento mundial, do aumento dos preços das matérias-primas e do enfraquecimento do dólar americano a médio prazo. As oportunidades neste mercado são selecionadas pelos nossos especialistas em mercados emergentes, que atualmente preferem dívidas denominadas em moedas fortes em detrimento de moedas locais. A rendibilidade na maturidade destas obrigações em carteira é de 5,1%(2).

Não obstante estes três temas de investimento da carteira serem convicções de médio/longo prazo, gerimos ativamente os nossos níveis de exposição em paralelo, utilizando, por exemplo, derivados nos mercados de crédito, o que nos permite reduzir rapidamente o nível de risco mantendo as convicções anteriormente mencionadas. O mesmo se aplica se quisermos voltar a ter uma maior exposição ao mercado, à semelhança do que ocorreu em março de 2020.


Notas

(1) ICE BofA ML Euro Broad Market Index (cupões reinvestidos).

(2) Dados a 16 de abril de 2021.

Disclaimers

O Carmignac Portfolio Flexible Bond é um subfundo da Carmignac Portfolio SICAV, uma sociedade de investimento constituída ao abrigo da legislação luxemburguesa, em conformidade com a Diretiva OICVM. Os Fundos são registados junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O período mínimo de investimento recomendado no fundo é de 3 anos. A escala de risco do fundo é de 3. Escala de risco do DFI (Dados fundamentais para o investidor) de 1 (menor risco) a 7 (maior risco). O risco 1 não implica um investimento sem risco. Este indicador poderá mudar com o tempo. Principais riscos do Fundo: TAXAS DE JURO: O risco de taxa de juro resulta na diminuição do valor de mercado das obrigações no caso de variações nas taxas de juro. CRÉDITO: O risco de crédito corresponde ao risco de incumprimento do emitente. CAMBIAL: O risco cambial está associado à exposição a uma moeda que não seja a moeda de avaliação do Fundo, através de investimento direto ou do recurso a instrumentos financeiros a prazo. AÇÕES: O Fundo pode ser afetado por variações nos preços das ações, numa escala que depende de fatores externos, volumes de negociação de ações ou capitalização bolsista.

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