Didier Saint-Georges, da Carmignac, explica as três convicções que sustentam a abordagem da sociedade gestora para navegar no contexto atual. Comentário patrocinado pela Carmignac.
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TRIBUNA de Didier Saint-Georges, membro do Comité de Investimento Estratégico da Carmignac. Comentário patrocinado pela Carmignac.
Gerir a incerteza é uma questão essencial para qualquer pessoa cujo trabalho consista em fazer crescer as poupanças dos clientes, particularmente num ano como este. Mas, como se pode fazer esta gestão?
Atualmente, a atividade económica mundial continua a sofrer grandes transtornos, uma situação que se prolongará até que as campanhas de vacinação consigam controlar a pandemia. Ao mesmo tempo, os receios de inflação estão a aumentar, o nível de endividamento do sistema não tem precedentes e os governos e bancos centrais agem como se não existissem limites, ao passo que os mercados de valores alcançam máximos históricos.
Uma resposta a este cenário complexo seria continuar a confiar nos nossos bancos centrais, como fizemos durante a última década: continuar a investir em ações e esperar que corra tudo bem. A resposta contrária seria acumular todas as poupanças numa conta bancária ou equivalente, mas tal significaria renunciar a fazer crescer o próprio património.
Uma abordagem alternativa seria enfrentar realmente esta realidade complexa, e isto é algo que aprendemos com a experiência: a complexidade pode ser gerida. Na verdade, isto é o que muitas vezes permite distinguir os que, como nós, são responsáveis pelas poupanças dos clientes. De certa forma, talvez um dos maiores problemas dos aforradores nos dias de hoje seja o facto de muitos participantes no mercado não terem uma perspetiva histórica suficiente. A maioria raramente conheceu outro contexto que não fosse uma descida constante das taxas de juro e um confortável mercado de ações em alta. Muitos poucos aprenderam o seu ofício do decurso de longos períodos de incerteza.
Quando se gere um fundo como o Carmignac Portfolio Patrimoine há mais de 30 anos, são muitas as situações difíceis que se recordam. Por exemplo, o colapso da bolsa de 1987, o crash do mercado bolsista de 1994 e a explosão da bolha dot.com há 20 anos, sem esquecer, obviamente, a crise de 2008. E no ano passado chegou uma pandemia e, mais uma vez, tivemos de olhar para o futuro.
Se observarmos a situação atual, um dos principais problemas é que a alavancagem é extremamente elevada em quase todos os âmbitos. O desafio para os governos não é apenas reconduzir a economia para uma trajetória de crescimento, mas igualmente fazer uma gestão sem que se disparem as taxas de juro. As nossas economias altamente alavancadas não conseguiriam resistir.
Nestes tempos de incerteza, três convicções sustentam a nossa abordagem. Em primeiro lugar, não bastará aproveitar a atual conjuntura económica favorável, teremos também de investir em empresas que estejam preparadas para beneficiar de tendências mais profundas a longo prazo. Perante a incerteza, a nossa experiência demonstra que é essencial manter convicções muito fortes sobre cada valor individualmente. É essa a base do investimento a longo prazo.
Vemos, neste momento, muitas oportunidades na China, sobretudo no âmbito da saúde; em subsetores do espaço tecnológico norte-americano; e na Europa, onde existem empresas com um grande potencial, sobretudo nos setores de bens de consumo.
Em segundo lugar, estamos convencidos de que devemos proteger os nossos investimentos face a um possível aumento das taxas de juro nos EUA, que inevitavelmente se alargaria à Europa. Não é muito difícil em termos técnicos, temos as ferramentas adequadas para o fazer e utilizamo-las.
Em terceiro e último lugar, acreditamos que devemos manter sempre a mente aberta porque, como no passado, haverá surpresas, tanto boas como más. Fazer face aos imprevistos é uma parte intrínseca do nosso trabalho. Não se pode prever tudo, mas pode-se estar preparado.
Esta é a abordagem que tem guiado os gestores do Carmignac Porftolio Patrimoine durante 30 anos e que os irá guiar durante as próximas décadas. A incerteza é um material básico de uma gestão de ativos verdadeiramente ativa.
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