TRIBUNA de Ana Claver, CFA, responsável da Robeco para a Península Ibérica e Chile. Comentário patrocinado pela Robeco.
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(TRIBUNA de Ana Claver, CFA, responsável da Robeco para a Península Ibérica e Chile. Comentário patrocinado pela Robeco.)
Já com alguma distância, gostaria de aproveitar a participação da Robeco na passada Cimeira Climática de Madrid (COP25) para colocar em destaque a maior mobilização da sociedade civil, observação consequente com a tendência crescente de capital transferido em direção ao investimento sustentável nos últimos anos.
Durante a Cimeira Climática de Madrid voltou a dar-se ênfase em acometer a tão necessária transição energética para um modelo baseado nas “novas” energias. Não obstante, e devido à crescente consciência social, a sociedade não só quer que aconteça esta mudança de forma rápida, mas exige-o através de uma “transição justa” para trabalhadores e comunidades, tratando de partilhar valor com todos neste processo (Katowice (Polónia) 2018 COP24 - Madrid (Espanha) 2019- COP25).
Esta maior consciencialização social abre a porta a possibilidades, tanto no apoio ao meio ambiente (um exemplo é o requerido “reporting” ambiental de carteiras), como em oportunidades de investimentos que nos oferecem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Mas, para acometer todas estas mudanças, é necessária uma grande união e coordenação entre a sociedade, o tecido empresarial, o sector financeiro e os Governos. Deste modo, o ODS17 é de máxima relevância já que dá ênfase à necessidade de criar alianças estratégicas para impulsionar o cumprimento de todos os ODS nos tempos estabelecidos.
É por isso que na Robeco, aproveitando a nossa posição privilegiada no mundo do investimento sustentável, e com a responsabilidade que esta posição nos outorga, damos o nosso contributo para os ODS17 ao ser membro de Conselho Assessor Nacional (espanhol) de GSG para o Investimento de Impacto, desde o qual tratamos de colaborar para, segundo palavras de Ronald Cohen (Presidente Global do GSG for Impact Investing), favorecer “a mudança histórica das nossas economias para a otimização do trinómio risco-retorno-impacto e gerar assim uma melhoria da vida das pessoas e do nosso planeta”.
Entre outras atividades, promovemos diversas iniciativas, colaborações, e grupos de trabalho desde o Fórum de Impacto (Secretaria do Grupo de Trabalho para o Investimento de Impacto Social em Espanha e membro do Global Steering Group for Impact Investment). Com o fim de, juntos, perseguir um novo paradigma onde a comunidade ibérica, e em concreto o sector financeiro no seu conjunto, impulsione a Agenda 2030 das Nações Unidas para alcançar os ODS, unindo-se assim a uma corrente global que propõe mobilizar, além do capital público, o capital privado para solucionar os desafios mais urgentes e importantes que enfrenta a nossa sociedade e o nosso planeta.
A sustentabilidade começou o seu caminho como um estilo de investimento tipo nicho que só contemplava as exclusões finais por razões morais, mas com o tempo foi evoluindo para alcançar uma visão mais completa, até chegar, em alguns casos, à integração de critérios ambientais, sociais e de governance (ESG) nos processos de decisões de investimento. Em consequência, o passo seguinte no investimento sustentável abre caminho para o cada vez mais necessário investimento de impacto, que acrescenta o binómio rentabilidade-risco, ao impacto social.
A chegada dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em 2015 deu lugar a um marco apropriado para pôr o foco empresarial e financeiro nos desafios globais mais urgentes de uma forma concreta.
A plataforma de investimento de impacto da RobecoSAM, nossa afiliada, também utilizada pela Robeco, foi lançada nesse momento para criar uma estratégia de investimento clara, centrada em identificar as melhores empresas capazes de adaptar os seus modelos de negócio às necessidades/problemas atuais, transformar-se, ajudar ao cumprimento dos ODS e, portanto, as empresas que oferecem uma vantagem competitiva clara face à sua concorrência.
Isto é, este processo de gestão permite-nos investir, tanto em obrigações como em ações, em empresas cujos produtos e serviços geram um impacto positivo, cuja experiência, tamanho, tecnologia e compromisso permitem mover o ponteiro em direção a uma economia global mais sustentável.
Diz-se que o problema do investimento de impacto é, em repetidas ocasiões, a dificuldade que envolve a medição dos seus resultados de uma forma objetiva já que, recordemos, os investimentos de impacto são aqueles que intencionalmente procuram um impacto social, mensurável, em conjunto com um retorno financeiro.
Na Robeco desenhamos um sistema de reporte de pegada ecológica das nossas carteiras, para deste modo, passar para o investidor a sua capacidade de poupar em emissões de gases de efeito estufa, em consumo de energia e água e geração de resíduos que oferecem os nossos fundos face aos índices. Por sua vez, na Robeco somos capazes de refletir o impacto positivo das nossas carteiras nos ODS e como este é superior ao dos índices de referência.
O atual é um bom momento se conseguirmos capitalizar essa maior presença da consciência social em direção ao cumprimento dos Objetivos benéficos para a humanidade à escala global. Na Robeco fazemos os possíveis através da nossa plataforma de impacto. Não houve melhor momento do que o atual para juntar-vos à mudança, convencer-vos a unirem-se a esta revolução do impacto, na qual o que se pode fazer o bem, e fazê-lo também de uma perspetiva dos retornos financeiros para os nossos clientes, “do good” e “do well”.