Susana Vicente, responsável da área de investimentos, espera que em 2020 se registe um ligeiro abrandamento, mas que se mantenha o crescimento das principais economias.
O ano de 2020 deverá ser um ano de crescimento, moderado, mas de crescimento, por contraposição aos receios do final de 2018 em que a recessão estava no cenário de alguns investidores. A mudança de postura da generalidade dos bancos centrais, durante 2019, com especial foco no BCE na Europa e na Reserva Federal americana, trouxe uma expectativa de que as políticas monetárias estariam atentas no sentido de manter o crescimento “no matter what”.
Neste contexto, esperamos então que 2020 seja um ano de continuidade, com algum abrandamento, mas de crescimento para as principais economias, mantendo-se o suporte dos bancos centrais e havendo espaço para políticas orçamentais mais cirurgicamente expansionistas, como poderá ser o caso Chinês.
Sendo o nosso cenário central de crescimento moderado, sem inflação e continuação de um ambiente de taxas de juro muito baixas, a nossa postura será de alguma tomada de risco, nomeadamente através do investimento em ações e obrigações mais subordinadas ou de menor rating.
No entanto, os riscos continuam à espreita, pelo que a diversificação é sem dúvida um elemento crucial. Depois de um ano de 2019 forte para a generalidade das classes de ativos, as valorizações quer ao nível da componente acionista, quer de dívida já não estão tão apelativas, pelo que qualquer evolução relacionada com as negociações comerciais entre as grandes economias e fatores mais geopolíticos, nomeadamente na Europa e nos EUA, são críticos e podem trazer alguma volatilidade aos mercados financeiros.
Desta forma, não deixaremos de ter estratégias de proteção e alguma diversificação em dívida governamental de países core, por forma a limitar momentos de alguma correção.
Os riscos que pretendemos monitorizar de mais perto são aqueles que consideramos mais críticos à evolução macro das economias, que condicionam de forma direta os resultados potenciais das empresas e, por consequência, a valorização potencial dos seus instrumentos financeiros como é a sua componente acionista e a sua componente de divida.
Estes riscos, não sendo novos, continuam a estar muito correlacionados com a evolução não só das condições comerciais entre os EUA, China e mesmo Europa, mas também dos indicadores macroeconómicos, que impactam diretamente as margens das empresas e a sua rentabilidade potencial. Por outro lado, 2020 será um ano de eleições nos EUA, contexto este que dominará com toda a certeza a 2ª metade do ano.
Privilegiamos a recomendação no fundo de ações global, temático, NB Momentum, não deixando de procurar diversificar via um fundo de obrigações como o NB Rendimento Plus e outro, mais direcionado para a divida governamental, o fundo NB Obrigações Europa.
Para uma postura de investimento de “one stop shop”, consideramos de grande interesse o investimento em carteiras balanceadas, por perfil de risco, carteiras onde é possível ficar exposto a esta diversificação e onde o investimento pode ser feito quer via fundos quer via unit linked.