TRIBUNA de Laura Donzella, responsável de Vendas para a Península Ibérica, Ásia e América Latina, da Nordea AM. Comentário patrocinado pela Nordea AM.
Após mais de uma década de políticas monetárias acomodatícias, que apoiaram e estimularam massivamente os mercados financeiros - empurrando as yields das obrigações para baixo, impulsionando ativos de risco para máximos históricos com uma volatilidade geral do mercado contida - os bancos centrais caíram num círculo vicioso onde há pouco espaço para cortes adicionais nas taxas. Esta situação criou uma realidade distorcida para os investidores quando se trata de avaliar o risco-recompensa para diferentes ativos financeiros.
Além disso, como resultado do excelente desempenho dos ativos de risco nos últimos anos, os investidores parecem ter-se esquecido dos riscos implícitos relacionados com os investimentos. Como ensinou o famoso conto “A Formiga e a Cigarra” a muitas crianças, ser cauteloso nos bons momentos é o que nos permite lidar melhor com os tempos difíceis que costumam chegar quando menos se esperam (o sell-off de 2020 foi um bom exemplo disso).
Não nos devemos esquecer que a realidade dos mercados financeiros tem demonstrado repetidas vezes este comportamento irracional dos investidores, frequentemente excessivamente confiantes em bull markets, esquecendo-se de preparar o seu portfólio para os tempos difíceis que podem vir. Portanto, a grande questão é: está o seu portfólio bem equipado para os momentos difíceis como o primeiro trimestre de 2020 ou apenas para aproveitar os bons momentos?
No ambiente atual, onde uma realidade distorcida se tornou o novo normal para os mercados financeiros, pode haver vários efeitos colaterais para os investidores que constroem um portfólio equilibrado, o que a torna bastante desafiante
Dilemas e desafios atuais
Esses efeitos colaterais não são apenas visíveis no presente, mas também no futuro. Os retornos futuros provavelmente serão significativamente diferentes daqueles que os investidores têm observado nos últimos dez anos,com a redução das expectativas a afetar as classes de ativos tradicionais. Isto é especialmente verdadeiro para os títulos obrigacionistas, onde os retornos esperados são baixos ou mesmo negativos em toda a classe de ativos, exceto para o segmento high yield que, por sua vez, traz um risco significativamente maior para os investidores. Em contraste, as ações ainda estarão em destaque como a principal fonte de retorno. Aqui, a questão é se serão capazes de corresponder aos retornos esperados sem qualquer aumento significativo da volatilidade ou qualquer correção considerável.
Além disso, os níveis mais baixos de taxas de juros tornam significativamente menor o potencial de diversificação em obrigações, criando uma forte necessidade aos investidores de terem outras ferramentas alternativas disponíveis para serem capazes de diversificar o risco de beta das ações das suas carteiras. Isto é mais urgente do que nunca, especialmente porque esta abordagem de diversificação tradicional encolheu ainda mais em 2020. A forte sell-off do mercado de ações observados em março e setembro de 2020 foram um forte testemunho desse dilema (por exemplo, risco de duração de obrigações vs. risco de beta de ações).
A solução da Nordea
Portanto, agora mais do que nunca, os investidores devem focar-se na diversificação e encontrar soluções de investimento flexíveis, capazes de se adaptar ao novo paradigma e aumentar os retornos da carteira ajustados ao risco (uma vez que a maior parte do potencial de diversificação tradicional se extinguiu).
Dentro destas, podemos encontrar a nossa Nordea Stable Return Strategy, uma estratégia equilibrada1 long-only que visa entregar retornos atrativos enquanto se concentra na proteção do capital investido2. Gerido por uma equipa experiente, conta com um processo de investimento único e com um forte histórico3. A sua filosofia de investimento com equilíbrio de risco visa construir uma carteira que atue em diferentes fases do ciclo económico. Enquanto a maioria dos portfólios balanceados depende de uma visão top-down para determinar os retornos esperados em diferentes classes de ativos, preferimos uma abordagem fundamental bottom-up. Isto permite identificar muito melhor as principais fontes de risco e retorno e, portanto, construir uma carteira mais robusta com base nos retornos esperados, correlações e volatilidade histórica2.
Além disso, as estratégias defensivas proprietárias no portfólio (como moedas defensivas) podem ajudar os investidores a enfrentar o dilema atual. Na verdade, sendo menos dependentes do nível de yield absoluta, podem diversificar eficientemente o beta de ações também num ambiente de baixas yields, enquanto mantêm uma carteira com um perfil de alta liquidez.
O sell-off de 2020 também foi um forte lembrete para os investidores de que a liquidez e a diversificação da carteira são fatores-chave que não devem ser subestimados em nenhum momento. Enquanto a maioria das estratégias equilibradas moderadas lutavam por estarem altamente expostas a ativos de risco, como o crédito, a nossa solução conseguiu oferecer uma melhor preservação do capital (como tem feito historicamente) sem problemas de liquidez (uma vez que recorre a derivados de alta liquidez) em comparação com o média dos pares3.
Em suma, aproveitando a moral do famoso conto, ter uma filosofia de investimento prudente aliada a uma forte gestão de risco e diversificação pode ajudar a colher frutos a longo prazo.
1) A estratégia pode usar derivados para fins de investimentos e cobertura. 2) Não há garantias de que um objetivo de investimento, retornos esperados e resultados de uma estrutura de investimento sejam alcançados. O valor do investimento pode subir e descer e pode perder parte ou todo o dinheiro investido 3) O desempenho representado é histórico; o desempenho passado não é um indicador confiável de resultados futuros e os investidores podem não recuperar o valor total investido. O valor do investimento pode aumentar ou diminuir, e pode perder parte ou todo o dinheiro investido.
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