Chegados ao final do primeiro semestre do ano, o montante das ordens recebidas sobre instrumentos financeiros pelos intermediários financeiros registados na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ultrapassou os 75,5 mil milhões de euros, menos 40% do que nos primeiros seis meses do ano passado.
Nas ordens recebidas pelas gestoras de ativos nacionais e internacionais, em termos agregados, o mês de junho trouxe a quarta queda consecutiva. Nas gestoras nacionais o valor recebidos em ordens no mês passado foi de 784 milhões de euros, o que significa uma queda de 9% face ao mês anterior. Já nas entidades internacionais a descida foi de 13%, com o valor a cifrar-se nos 142 milhões de euros.
Em 2015 a tendência é a mesma. O valor agregado entre as ordens recebidas pelas gestoras de ativos nacionais e internacionais é de cerca de 7.750 milhões de euros, com a maior fatia a pertencer às entidades locais. Estas instituições fecharam o primeiro semestre do ano com o montante das ordens recebidas a ultrapassar os 6.600 milhões, enquanto que nas casas internacionais o valor é superior a 1.100 milhões de euros. Em ambos os casos há um decréscimo face ao mesmo período do ano passado, com a queda nas gestoras nacionais a ser de 55% e de 43% nas não residentes.
Dívida pública: o valor mais negociado
Os títulos de dívida pública foram os mais negociados em junho, tal como tem acontecido ao longo dos últimos meses. O valor das ordens superou os 3.700 milhões de euros, com as ações a posicionarem-se logo depois com um valor negociado superior a 2.500 milhões de euros.
A mesma tendência acontece nos primeiros seis meses do ano, com o valor das ordens em títulos de dívida pública a atingirem mais de 25.500 milhões enquanto as ações registam um montante de quase 17.000 milhões de euros.