Os ativos em planos de pensões crescem 15% a nível mundial

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A Willis Towers Watson publicou recentemente através do Thinking Ahead Institute o seu relatório anual sobre os mercados de pensões a nível global. No mesmo analisam a evolução do património que os grandes planos de pensões nos 22 mercados mais importantes do mundo. O resultado é que os ativos em pensões destes mercados experimentaram um novo aumento devido não só ao impulso dos mercados de valores onde investem, mas também às novas entradas de dinheiro. Isto com dados relativos ao final de 2019 e antes de os mercados terem penalizado as classes de ativos de maior risco perante a expansão do COVID19. 

Em concreto, o património em 2019 aumentou 15% em média até alcançar os 46,73 milhões de dólares, com mercados como o México, Canadá ou EUA a liderar o crescimento.

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Dos 22 mercados analisados, o dos EUA continua a ser o mais volumoso, seguido, a uma distância significativa, pelo Reino Unido e pelo Japão. Juntos, estes três mercados representam mais de 77% de todos os ativos de pensões. E essa concentração vê-se também quando se analisam os fundos de pensões a nível individual já que, tal como acontecia em 2018, os ativos dos 300 principais fundos de pensões representam 44% do total de todos os ativos de pensões mundiais.

A percentagem de alternativos continua em subida

No relatório da consultora também se analisa a evolução que tiveram as carteiras dos fundos de pensões ao longo dos últimos anos. “Continuamos a ver um aumento das alocações aos mercados privados e outros ativos alternativos (23%, 17 pontos percentuais mais do que em 1999). Os investidores continuam a procurar formas inovadoras de evoluírem os seus mandatos para gerir melhor os desafios de mediação, integração e complexidade que implicam os mercados”, apontam no relatório.

Esse crescimento na exposição a ativos alternativos contrasta com a cada vez menor exposição que se tem a respeito dos ativos tradicionais como as ações ou obrigações. De facto, na última décadas as alocações a ações reduziram-se de 61% para 45%, enquanto a alocação às obrigações se reduziu ligeiramente de 30% para 29%.

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