A ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) divulgou os dados relativos à alocação das seguradoras sob sua supervisão relativos ao terceiro trimestre, onde ficam evidentes algumas variações marcadas em rubricas individuais.
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A ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) divulgou os dados relativos à alocação das seguradoras sob sua supervisão relativos ao terceiro trimestre, onde ficam evidentes algumas variações marcadas em rubricas individuais. Olhando para o universo total dos ativos das seguradoras vemos que o ano não foi positivo, embora a queda no volume seja relativamente marginal, na ordem dos -3%. Em termos absolutos falamos de uma queda de 1,54 mil milhões de euros para um total de 49,23 mil milhões no fecho do terceiro trimestre.
Não obstante esta queda, fica evidente na informação divulgada pelo regulador dos seguros e fundos de pensões que os diferentes segmentos do balanço não variaram no mesmo sentido. No segmento Vida, em particular, os seguros de vida ligados ou unit linked viram os ativos crescer 1,91% em 2023, enquanto os seguros de vida não ligados sofreram uma quebra significativa, na ordem dos 8,95% (o único segmento a sofrer uma quebra este ano). Relembramos que no Relatório de Estabilidade Financeira do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões de junho de 2023, o regulador comentava que a produção dos seguros ligados manteve-se superior à dos restantes produtos do ramo Vida. A ASF referia então que "a produção dos seguros ligados ainda que tenha diminuído, poderá indiciar a continuação de captação de poupança anteriormente investida em seguros não ligados, numa perspetiva da recuperação futura dos mercados financeiros”.
Crescem as obrigações
Da tabela abaixo é de realçar o crescimento do peso das obrigações no segmento de seguros ligados entre as rubricas mais relevantes. Impossível de ignorar é também a rubrica de fundos de investimento, que cresceu 1,31% e continua a representar a maior rubrica individual na alocação de unit linked.
Os fundos de investimento foram também das poucas rubricas que não foram penalizadas no segmento não ligado. Neste bloco de quase 23 mil milhões de euros do balanço das seguradoras foram as rubricas de obrigações as mais penalizadas (entre as mais relevantes), enquanto as ações caíram apenas ligeiramente.
Olhando para o segmento dos ativos relativos a provisões não vida e dos fundos dos acionistas, vemos que ambas as carteiras agregadas se viram reforçadas no ano. A primeira cresceu 4,93% para os 7,25 mil milhões de euros, enquanto a segunda cresceu 1,56% para os 2,82 mil milhões.
Em termos de alocação, vemos um crescimento relevante, tanto na rubrica de ações, como nas de obrigações e fundos de investimento, no que às provisões dos seguros não vida diz respeito.
No caso dos fundos dos acionistas, por outro lado, as rubricas com maior peso foram reforçadas no período, em particular as rubricas de obrigações e ações e, em menor escala, a de imobiliário.