A diversificação por classe de ativos é um princípio básico de uma correta gestão de investimentos. Descubra que fundos de alocação se destacaram no decorrer de 2016.
A Morningstar, através da sua plataforma online, já publicou os resultados dos fundos mobiliários nacionais referentes ao ano passado. Uma das categorias em que a empresa de análise divide os fundos de investimento é aquela que junta todos os fundos de alocação - que podem também ser chamados de fundos multiativos.
De acordo com a Morningstar, o fundo nacional que mais se destacou nesta classe de ativos, ao longo do ano passado, foi o BPI Brasil que é gerido pela BPI Gestão de Activos. Em 2016 a sua rendibilidade foi de 57,2% e o seu património, no final do ano, superava os 30 milhões de euros. Em termos de ativos em carteira, as ações representavam cerca de 60% do portefólio, com as obrigações a deterem uma fatia de 20%. Ainda assim, apesar de ter uma ponderação mais reduzida, esta última classe de ativos dominava os maiores investimentos em carteira, nomeadamente em títulos de dívida pública brasileira.
Logo depois vem mais um produto que tem como foco de investimento o mercado brasileiro. Trata-se do Banco BIC Brasil que é da responsabilidade da Dunas Capital. No decorrer do ano passado atingiu ganhos de 23% e as obrigações representam mais de três quartos do portefólio do produto. Note-se ainda que o fundo é cotado em dólares e que a valorização é semanal. O maior investimento é realizado em dívida pública brasileira, sendo seguido de um ETF, no caso o iShares MSCI Brazil Capped, segundo a informação disponível na ficha do produto referente ao mês de novembro. No mesmo documento é possível verificar que em novembro aumentaram a "posição do fundo em ações brasileiras" e ainda reduziram "um pouco a duration do fundo com a venda de obrigações da Ultrapar".
A fechar o top três vem o fundo Invest AR PPR que é da responsabilidade da Invest Gestão de Activos. Em 2016 a sua rendibilidade atingiu os 9,4% com o seu património a superar os 13 milhões de euros. O gestor do fundo é Paulo Monteiro, e na factsheet de dezembro do produto, o gestor refere que este "registou uma valorização muito assinalável em 2016, num cenário de taxas de juros extremamente baixas, inclusive negativas no curto e médio prazo". O profissional destacou, também, a "gestão ativa dos vários riscos a que o fundo está exposto, tirando partido das oscilações verificadas nos mercados financeiros", para conseguir registar a valorização que atingiu.
Fundos Selecção da Optimize em destaque
Nas posições seguintes surgem fundos geridos pela Optimize Investments Partners: os fundos Selecção Agressiva, Selecção Base e Selecção Defensiva. Todos estes fundos apresentam-se ao mercado em duas categorias - A e B - onde diferem, essencialmente nos custos relativos à comissão de gestão. Em traços gerais, o fundo de Categoria A é para todos os investidores enquanto os de Categoria B é apenas para os "membros da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) e/ou subscritores da PROTESTE INVESTE", conforme revelam os prospectos.
O fundo Optimize Selecção Agressiva registou uma rendibilidade de 8%, com as ações a representarem cerca de 80% do portefólio. Já o Optimize Selecção Base apresentou uma valorização de 7,6%, com as ações a representarem mais de metade do portefólio líquido do produto; enquanto que o Optimize Selecção Defensiva atingiu ganhos de 3,6% com as obrigações a serem a classe de ativos mais representativa no portefólio.
Os quinze fundos de alocação em destaque no ano passado
Fonte: Morningstar no final de 2016. Apenas são apresentados os fundos cuja "Global Broad Category Group" é a de "Allocation"